The Wandering Village – Resenha

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Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo The Wandering Village, que segue um estilo de gerenciamento de recursos com estratégia.

Em um mundo onde plantas misteriosas estão se espalhando pela terra, difundindo esporos tóxicos pela atmosfera conforme crescem, um pequeno grupo de sobreviventes busca abrigo nas costas de uma criatura ambulante gigante que eles chamam de “”Onbu””.
Torne-se o líder desse povo, construa o povoado deles e forme um relacionamento simbiótico com o Onbu para sobreviverem juntos neste mundo pós-apocalíptico hostil, porém lindo.

Construa sua vila

Uma vila funcional é a base da sua sobrevivência. Construa seu assentamento e expanda-o nas costas do Onbu. Planeje cadeias de produção e otimize-as para utilizar o espaço limitado da maneira mais eficiente quanto possível. Crie uma sociedade capaz de superar qualquer desafio.

Viva nas costas da criatura

Viver nas costas de outro organismo é uma tarefa que traz seus próprios desafios. Você viverá em simbiose, formando um vínculo com o Onbu e sobrevivendo na base da confiança mútua? Ou você se tornará um parasita, com o intuito apenas de garantir uma vida melhor para seus aldeões? A escolha é sua.

Descubra biomas diferentes

Adapte sua vila continuamente conforme você viaja por uma variedade de biomas diferentes, cada um com suas próprias zonas climáticas, oportunidades e ameaças. Investigue os arredores e forme missões de coleta para obter recursos e artefatos antigos.

Pesquise novas tecnologias

Os descendentes do antigo mundo possuem conhecimentos há muito esquecidos, mas seus aldeões podem desenterrá-los. Encontre e pesquise novas tecnologias, mas use-as com sabedoria, pois o progresso pode ser uma faca de dois gumes.

Sobreviva aos ermos

Garanta a sobrevivência de ambos aldeões e seu Onbu, apesar de haver esporos venenosos, um clima implacável, parasitas sanguessugas e muitos outros desafios que fazem com que as chances estejam contra você.

  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 910MB
  • Desenvolvedora: Stray Fawn Studio
  • Distribuidora: WhisperGames
  • Gênero: Estratégia, Simulação
  • Data de lançamento: 17/07/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 159,90 / PC Steam R$: 88,99 / Xbox R$: 114,95 / Switch R$: 88,99

Opinião sobre o jogo The Wandering Village:

Imagine acordar todos os dias com o chão se movendo. Não por terremotos ou guerras, mas porque sua cidade foi construída literalmente, nas costas de uma criatura viva. Um colosso ancestral que caminha por um mundo envenenado, cruzando desertos estéreis e florestas infestadas de esporos tóxicos.

Não é ficção científica. É The Wandering Village, um simulador de sobrevivência onde sua principal preocupação não é o próximo ataque inimigo, mas o bem-estar de um ser mitológico que carrega toda a sua civilização nas costas.

Não é o mundo que gira. É o Onbu que caminha.

Enquanto outros jogos de construção te colocam em ilhas, montanhas ou planetas gelados, aqui você está em movimento constante. A cidade pulsa no ritmo do Onbu, essa criatura entre o Totoro e um dinossauro sonolento que come, dorme, adoece, se recusa a obedecer e, às vezes, para no pior lugar possível.

É um relacionamento. Você depende dele, mas ele também sente as consequências das suas decisões. Vai alimentá-lo com bolotas lançadas por uma catapulta medieval? Ótimo. Vai extrair seu sangue para pesquisa? Melhor repensar, a confiança dele não é infinita.

Três camadas, uma luta: sobrevivência, cuidado e estratégia

A jogabilidade de The Wandering Village é dividida em três frentes principais:

  • A vila, onde você ergue estruturas, planta comida, pesquisa tecnologia e lida com recursos limitados.
  • O corpo do Onbu, onde você interage diretamente com ele ou seja oferecendo carinho ou tirando espinhos.
  • O mapa do mundo, onde decide o próximo caminho, envia batedores atrás de recursos e tenta prever o que vem pela frente.

Mas o que realmente diferencia este jogo não é a mecânica, e sim o conceito: simbiose. Cuidar da criatura é cuidar de si mesmo. Deixá-la sofrer é aceitar que sua vila vai ruir junto.

Apocalipse biológico em forma de design inteligente

Esqueça orcs ou invasões alienígenas. Aqui, o verdadeiro vilão é o ambiente. Um mundo hostil, onde fungos podem devorar plantações e doenças se espalham no ar. Água potável é colhida do próprio céu, e até o cocô da criatura se transforma em recurso valioso.

Cada decisão importa. Cada caminho escolhido no mapa pode significar vida longa… ou morte lenta.

E tudo isso com uma estética que parece saída de um livro infantil distorcido pelo fim do mundo. A arte é suave, colorida e detalhada, e mesmo nos piores momentos, é difícil não parar para tirar uma captura de tela.

Quando o jogo cansa de ser gentil

Embora o início seja imersivo e intuitivo, com uma curva de aprendizado muito bem equilibrada, a experiência muda com o tempo. Nos estágios mais avançados, o microgerenciamento toma conta. O que era contemplativo vira um malabarismo logístico: mover aldeões entre funções, ajustar prioridades, ativar mecanismos em sequência… tudo muito rápido, tudo ao mesmo tempo.

É como começar montando um terrário poético e terminar gerenciando uma linha de produção em estado de alerta constante. Não é ruim, mas exige paciência e planejamento.

A campanha? Uma distração desnecessária

Apesar da proposta envolvente, o modo campanha tropeça. Os diálogos são simplistas, os personagens pouco cativantes, e o tom narrativo parece deslocado frente à profundidade do conceito central. Em vez de expandir o universo, ele o simplifica.

Para quem busca imersão real, o modo livre é onde o jogo brilha. Lá, cada descoberta é orgânica, e a jornada com Onbu se desenrola com mais naturalidade, inclusive liberando cosméticos (como a lendária skin rosa) que acrescentam humor sem quebrar a imersão.

Um jogo de sobrevivência diferente de tudo

The Wandering Village não é só sobre construir. É sobre coexistir. Você não domina o ambiente, no caso você depende dele. É um jogo que propõe uma pergunta rara no gênero: o que acontece quando a sua casa é um ser vivo?

Com uma proposta criativa, sistemas bem amarrados e um carisma inegável, o título se destaca no mar de simuladores. Sim, tem seus tropeços, a câmera fixa limita a liberdade arquitetônica, e o excesso de tarefas pode esgotar. Mas a jornada compensa.

Se você gosta de jogos de estratégia com alma, e está disposto a cuidar de um colosso como quem cuida de uma floresta, essa é uma viagem que merece ser feita.

Considerações Finais

Vale a pena? Sim, especialmente se você busca algo fora do comum. The Wandering Village entrega uma experiência de sobrevivência com coração, cérebro e até um pouco de intestino. Literalmente.

✔️ Prós

  • Ideia original e bem executada
  • Relação simbiótica com a criatura é profunda e impactante
  • Visual encantador e funcional
  • Sistema climático e de biomas que afeta a jogabilidade de verdade
  • Mecânicas únicas como a catapulta de comida (!)

Contras

  • Modo campanha fraco e desnecessário
  • Microgerenciamento pode ser exaustivo
  • Liberdade de construção bastante limitada pela perspectiva fixa

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela WhisperGames.

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