Uma grande aventura pixelada da mitologia escandinava surge com Vessels of Decay, novo game publicado pela Headup Games desenvolvido pelos devs solos, Simon Jakobsson e Aurora Punks. Um game feito à mão que traz uma história emocionante em um místico mundo pós apocalíptico.
O que este game nos oferece?

Sobre o jogo
A civilização chegou ao fim, e algo mais desperta em seu lugar. Da decadência do mundo, criaturas ancestrais se agitam, se erguem e vagam pela terra. As ruínas devastadas de uma sociedade outrora moderna contrastam com o crescimento renovado da natureza… e dos elementos sobrenaturais.
Vessels of Decay convida o jogador à acompanhar a história de Freja e Mud essa ameaça mítica e explorar um cenário escandinavo único pelo prisma de uma melancolia reflexiva, recheado de exploração e ação frenética.

Gráficos, Sons e Jogabilidade
Os visuais pixelados se destacam, em Vessels of Decay e seus cenários são muito bem rendereizados, colocando o jogador no clima de sua aventura, porém a trilha sonora do game peca aqui em não dar o tom correto em alguns momentos. Com parando as faixas com os ambientes e situações, algumas passa pouca expressão e outras se tornam protagonistas conjuntas no clima.
O mapa de controles é bem desenhado e o comportamento dos comandos parece um pouco lerdo em resposta e isso a gente percebe mais no combate.
Algum ruim na minha experiência foi vivida pela movimentação do personagem, em que a movimentação diagonal se apresentou bem arrastada, parecendo que em algumas partes dos cenários algo está atrasando ou agarrando o personagem nesse tipo de movimentação. Deveria ter a mesma fluidez da movimentação horizontal e vertical. (Porém foi resolvido isto num update de lançamento e tudo ficou bom)











E o veredicto é…
Eu me peguei pensando em como o trailer me pareceu melhor do que o jogo — mas isso não significa que Vessel of Decay seja uma grande decepção. Observando como o jogo se apresenta inicialmente, ao introduzir o jogador à sua história e à visão pós-apocalíptica da Escandinávia, o tom parece adequado, ao mesmo tempo em que vai sugerindo a trama e seu peso emocional.
Mas, à medida que avançamos na gameplay, especialmente em momentos pontuais — como na introdução de confrontos contra chefes ou após esses embates —, parece não haver preocupação em desenvolver um pouco mais da história. O restante do jogo apresenta pouquíssimas cenas narrativas, e os diálogos são muito menos significativos.
Basicamente, o gameplay segue a proposta clássica de uma aventura de ação com elementos de RPG. Em algumas inovações, acerta; em outras, desperdiça. Por exemplo, o recurso de absorver inimigos para obter poderes é ótimo, mas acaba sendo uma ideia mal aproveitada, já que nem sempre é utilizado ou tem grande impacto. Já a finalização em combate é um toque de classe e todas as animações, sem exceção, são ótimas.

Mas aí Vessels of Decay não sustenta, no geral, o interesse — tanto em combate quanto em exploração. Você percebe que pode simplesmente abdicar de confrontar os inimigos para avançar no mapa sem consequências, e isso sugere que eles não são tão importantes — só numerosos. Vez ou outra, é melhor enfrentá-los e seguir adiante, já que explorar o ambiente no jogo tem pouca relevância, e essa escolha tira o “recheio” ao jogo, passando a impressão de que ele é vazio.
São cerca de 10 capítulos de uma aventura levemente interessante. Freja & Mud compartilham de uma história fraternal que não tem tanta emoção envolvida, mas talvez valha à pena dar uma chance para os momentos que o trailer nos mostrou. Infelizmente o game não tem texto traduzido ao português brasileiro, o que torna tudo um pouco menos interessante.
Para os caçadores de conquistas, os troféus do jogo não apresentam grande dificuldade, mas há colecionáveis entre eles então é bom ficar de olho.
Vessels of Decay chegou no último dia 19 para PC (via Steam), PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series S/X e Nintendo Switch.
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