Unlife – Diedemor Studio / Ratalaika Games

Aventuras sombrias em side scrolling, 2D, 2.5D ou até 3D isométrico são games que me despertam o interesse. Você sozinho num mundo que não é lá tão “vivo” é a mais simples definição de single player para mim.

Unlife pode parecer um jogo de plataformas 2D simples, e é! Você controla o personagem por todo um mapa tentando cumprir objetivos simples, enfrentando monstros mutantes e coletando itens. O jogo que debutou à 2 anos no PC chega agora para os consoles.

Sobre a estória de Unlife

Você é Michael é o último sobrevivente de uma equipe de resgate que cobria as plataformas de petróleo durante uma crise epidêmica que culminou no apocalipse, porém tudo deu errado, todos se infectaram inclusive você! acontece que milagrosamente você não sucumbiu aos efeitos de mutação que sua equipe no qual você precisou eliminar à todos.

Agora você ciente que pode ser a chave para a cura desta infecção e uma arma contra as mutações, decide percorrer as estações em busca de sobreviventes e ajuda! E essa jornada se torna mais difícil quando percebe que para sobreviver você precisa coletar sangue das criaturas mutantes para se manter com chances de sobreviver.

Gráficos, sons e jogabilidade

O design de arte do jogo criou um ambiente bem sombrio, tanto que algumas ameaças só estarão plenamente visíveis através de sua lanterna. Sem detalhes para o som, tudo bem neste quesito. O mapa do controle para minha surpresa é grande e infelizmente, peca em tornar tudo simples e realmente funcional.

Em linhas gerais, todo gênero de jogo tem sempre os mesmo comandos. Por exemplo, num jogo de corrida arcade é normal que o acelerar seja R2, freiar L2, freio de mão O, nitro X e por aí vai. Raramente um jogo tem comandos diferentes. Aqui alguns comandos são, até aí tudo bem se o desenho do mapa de controle fosse mais funcional, como um side-scrolling normalmente é.

Mas em se tratando da jogabilidade, eu não sei se há algum problema mecânico à ser resolvido pós lançamento ou se é um bug que só ocorre comigo: O botão de correr não funciona. Ao pressionar, na verdade o personagem caminha. Para ele correr, somente alinhando o direcional direito com o esquerdo na mesma direção. Isso tira um pouco da praticidade e mobilidade que o jogo poderia ter.

Eu morri muito, até não morrer mais. Imagina um personagem com uma pequena faca que falha numa precisão nanométrica para acertar os inimigos mais simples? Resultado disso é que um único golpe desferido sem essa precisão pode acarretar em morte. Então o jogo não pode ter dificuldade? pode, mas está desproporcional.

Ainda mais por conta do mapa ser relativamente grande e não contar com save point, morreu, volta ao início e tenta novamente. Frustrante quando eu acabei de cumprir um objetivo principal, que era encontrar uma chave para abrir a porta que iria escapar, e acabei morrendo. Andar tudo para novamente coletar a chave e voltar pelo mesmo caminho…

Até que então eu comecei à testar outras formas de lidar com as criaturas, que era fugindo, até deu melhor resultado, mas o mote no gameplay também é matar as criaturas e coletar o sangue delas. Então fui adaptando a tática para inimigos maiores e foi dando certo, mas não tornou o jogo mais fácil numa escala proporcional decente.

E o veredicto é…

Como eu disse lá em cima, Unlife pode parecer um jogo de plataformas 2D simples e é, mas só no quesito visual. Peca por não se tornar mais prático e dinâmico nos comandos e movimentos e é nesse ponto que perde um pouco o brilho. Para os amigos trophy hunters, o jogo é uma garapa, com poucos troféus e sem grandes dificuldades, pois são 8 fase apenas.

Não sei se vale o preço em algumas plataformas, mas o game tem até um lore interessante de acompanhar, como no clássico Death Nation.

Unlife estréia hoje para as plataformas Nintendo Switch, Xbox One e Series S/X e PlayStation 4/5.

Veja também: Top Racer Collection – QUByte Interactive (Review)

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