To The Moon – Resenha

Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo To The Moon, que segue o estilo clássico de aventura com elementos de RPG, com um estilo gráfico retrô.

A Dra. Rosalene e o Dr. Watts têm trabalhos peculiares: eles dão às pessoas outra chance de viver, desde o início… mas apenas na cabeça de seus pacientes.

Devido à gravidade da operação, a nova vida passa a ser a última coisa de que os pacientes se lembram antes de dar o último suspiro. Assim, a operação só é feita em pessoas em seu leito de morte, para realizar o que elas gostariam de ter feito com suas vidas, mas não fizeram.

Esta história em particular segue a tentativa de realizar o sonho de um homem idoso, Johnny. A cada volta no tempo, um novo fragmento do passado de Johnny é revelado. À medida que os dois médicos juntam as peças dos intrigantes acontecimentos que duraram uma vida, procuram descobrir porque é que o velho frágil escolheu o seu último desejo para ser o que é.

E o último desejo de Johnny é, claro… ir à Lua.

  • Uma experiência única e não baseada em combate
  • Mistura inovadora entre elementos de jogos de aventura e estética clássica de RPG
  • Trilha sonora original aclamada que está intimamente ligada à história
  • Uma execução de café expresso com zero enchimento e sem perda de tempo
  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 307,1MB
  • Desenvolvedora: Freebird Games
  • Distribuidora: Serenity Forge
  • Gênero: RPG
  • Data de lançamento: 08/10/2024
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 53,90 / PC Steam R$: 27,99 Xbox R$: 36,95 

Opinião sobre o jogo To The Moon:

To the Moon é um jogo indie de aventura e narrativa desenvolvido pela Freebird Games, lançado originalmente em 2011 para PC e recebeu uma versão para Nintendo Switch em 2020 e só agora em 2024, o jogo chega finalmente nos consoles Xbox Series e PS5.

Com uma história envolvente, repleta de temas emocionais profundos, o jogo rapidamente conquistou uma legião de fãs e críticas positivas. Embora a sua jogabilidade seja simples, quase inexistente em termos de mecânicas complexas, To the Moon é uma obra que brilha pela maneira como narra uma história tocante sobre amor, arrependimento, memória e a busca por redenção.

Enredo

A história de To the Moon é, sem dúvida, o coração e a alma do jogo. O jogador acompanha dois médicos, Dra. Eva Rosalene e Dr. Neil Watts, que trabalham para a Sigmund Corp., uma empresa que oferece a possibilidade de realizar o último desejo de pacientes à beira da morte. Utilizando uma tecnologia avançada, eles são capazes de modificar as memórias dos pacientes para que eles possam “viver” seus desejos mais profundos antes de morrer.

O jogo começa com os dois médicos sendo chamados para realizar o último desejo de Johnny, um homem idoso que deseja ir à lua, embora ele mesmo não saiba por quê. A partir daí, Eva e Neil começam a viajar pelas memórias de Johnny, da mais recente à sua infância, para descobrir as razões por trás desse desejo aparentemente inexplicável. À medida que exploram a vida de Johnny, revelam-se segredos emocionantes sobre seu passado, sua relação com sua falecida esposa, River, e os arrependimentos que marcaram sua vida.

O enredo de To the Moon é uma verdadeira montanha-russa emocional. Ele explora temas como o amor, a perda, a aceitação e o impacto das decisões de vida. É uma narrativa profundamente humana, onde o jogador se envolve emocionalmente com os personagens, especialmente Johnny e River, cujas vidas são moldadas por traumas e momentos belos, mas dolorosos.

Jogabilidade

A jogabilidade de To the Moon é bastante simples e pode ser descrita como uma mistura de aventura gráfica e RPG, sem mecânicas de combate ou desafios complexos. O jogador controla Eva e Neil enquanto eles interagem com objetos e personagens nas memórias de Johnny, coletando orbes que desbloqueiam as memórias anteriores. Há também pequenos quebra-cabeças, como reorganizar fragmentos de imagens para avançar para a próxima memória, mas eles são fáceis e rápidos de resolver.

Para alguns jogadores, a simplicidade da jogabilidade pode ser um ponto negativo, especialmente para aqueles que procuram uma experiência de jogo mais envolvente em termos de mecânicas. No entanto, a simplicidade é intencional, já que o foco está completamente na narrativa e na experiência emocional. A falta de desafio na jogabilidade permite que o jogador se concentre no enredo e na construção dos personagens.

Estética e Visuais

Visualmente, To the Moon utiliza um estilo gráfico 16-bits, que lembra jogos de RPG da era do Super Nintendo, como Chrono Trigger ou Final Fantasy VI. Os gráficos podem parecer antiquados à primeira vista, mas o estilo retro dá ao jogo um charme especial, evocando uma sensação de nostalgia que combina com a temática da memória e do passado.

Embora os gráficos não sejam o ponto forte de To the Moon, a direção de arte compensa com um design de personagens expressivo e cenários bem construídos, que, apesar de sua simplicidade técnica, conseguem transmitir emoções e atmosferas de maneira eficaz. Os ambientes são variados e adequados para cada fase da vida de Johnny, desde a casa de infância até momentos mais simbólicos de sua vida adulta.

Trilha Sonora

A trilha sonora de To the Moon é, sem dúvida, uma das suas maiores qualidades. Composta por Kan Gao, o criador do jogo, a música é delicada, melódica e profundamente emocional. A trilha sonora complementa a narrativa de maneira perfeita, ajudando a intensificar os momentos de tristeza, reflexão e alegria.

A música tema, “For River”, se destaca como uma peça que encapsula a essência do jogo — bela, triste e nostálgica. Cada melodia no jogo parece ter sido cuidadosamente composta para aumentar o impacto emocional da história, tornando a experiência inesquecível.

Temática e Atmosfera

To the Moon aborda de forma magnífica temas profundos como o amor incondicional, o arrependimento e a memória. A maneira como o jogo lida com o relacionamento de Johnny e River é uma das suas forças, e o retrato de River, uma mulher que parece estar no espectro do autismo, é sensível e comovente. O jogo não faz julgamentos ou simplificações sobre a vida e as escolhas dos personagens, o que o torna um estudo humano mais profundo e autêntico.

A narrativa cria uma atmosfera introspectiva e melancólica, mas com momentos de leveza e humor, especialmente nas interações entre Eva e Neil. Os diálogos entre os dois protagonistas são bem-humorados e ajudam a quebrar o clima sombrio em vários pontos, mantendo o equilíbrio emocional do jogo.

Considerações Finais

To the Moon é um jogo que transcende suas limitações técnicas e mecânicas simples graças à sua narrativa poderosa e sua trilha sonora emocionalmente impactante. Ele conta uma história que ressoa com qualquer pessoa que já amou, perdeu ou se arrependeu de algo. A habilidade do jogo de lidar com temas complexos e humanos de maneira tão íntima e envolvente é uma prova de que, mesmo com um orçamento modesto, é possível criar uma obra-prima.

Para quem procura uma experiência centrada na narrativa, To the Moon é essencial. Contudo, jogadores que preferem mecânicas mais desafiadoras ou ação podem não encontrar a experiência que esperam. Ainda assim, este é um jogo que merece ser jogado por sua capacidade de tocar o coração dos jogadores, oferecendo uma história que fica com você muito tempo após os créditos finais.

Pontos Positivos:

  • Narrativa emocionalmente poderosa e envolvente
  • Trilha sonora belíssima e memorável
  • Temática sensível, abordando questões humanas com profundidade
  • Personagens bem construídos e cativantes

Pontos Negativos:

Estilo gráfico retro pode não agradar a todos

Jogabilidade extremamente simples, com poucos desafios

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Serenity Forge.

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