Quem é que, de vez em quando, não quer tomar um sustinho? The Bridge Curse: Road to Salvation lançado para consoles pela Eastasiasoft, publisher que é conhecida por títulos como Rainbow Skies, Sword & Fairy 6, Ghost Blade HD, entre outros traz este Survival Horror Asiático em primeira pessoa no qual eu me surpreendi pelo que entrega. Não se trata aqui de ter grandes gráficos ou propostas inovadoras em gameplay e tema. Aqui o que está em voga é a imersão.
Eu me supreendí ao perceber que em poucos minutos de jogatina eu estava imerso no clima do jogo, com aquela ambientação soturna do campus e preocupado em escapar da ameaça sem ao certo saber por onde ela viria. Eu não tinha assistido nenhum gameplay ou visto qualquer material do jogo em vídeo pra sacar alguma coisa dele. É um costume meu, não procurar saber muito de um jogo, antes de joga-lo – Sou do tempo em que não se tinha muitas informações de jogos ou no máximo uma revista impressa com uma notinha sobre – No começo eu me vi em um filme de terror dos anos 80/90, aqueles que são ambientados em lugares escuros, silenciosos e que você se pergunta porque o protagonista não foge dali rápido.
E o mais gostoso desta experiência foi entender que o jogo entrega honestamente uma imersão. Eu desenvolvi um comportamento ao longo dos anos que, ao jogar games ou até assistir um filme deste tipo, minha mente costuma à todo tempo não me deixar esquecer que atrás daquela cena há 300 profissionais assistindo, filmando e se preparando pra ajudar à criar aquele faz de contas, e o jogo me fez esquecer isso, de verdade.
A história é clichê: um bando de adolescentes numa faculdade resolvem estudar sobre uma lenda urbana de Taiwan que acontece no campus. Lidando com crença e descrença, o resultado para eles é o desencadeamento de uma maldição. Tudo o que podemos fazer como protagonistas é fugir, procurar pistas e resolver quebra-cabeças, para acabar com a maldição e assim sair do campus. Mas o que estraga um pouco a experiência são controles, pois confesso que poderiam ser melhores. Pra mim quando é necessário uma certa ginástica de direcional para achar o ponto certo de interação com algum personagem ou objeto, é frustrante.
O jogo tem sua linearidade, o que de certo modo te leva para um “enclausuramento” que pode provocar tensão e ansiedade em resolver as coisas. O som é bacana e tudo que é elemento sonoro é usado muito bem, acredito que com um bom headset, a imersão fica mais poderosa. Combinado com textos e diálogos, os efeitos sonoros do game brincam com sua imaginação de tal maneira que sem perceber, você se vê e sente dentro do game, e não do lado de fora da tela. Lembro deste efeito ser constantemente normal num bom horror asiático. Falando nisso o jogo é inspirado no filme “A Maldição da Ponte” (2020) – Netflix – do diretor Lester Shih.
O jogo tem legendas em PT-BR nos consoles, o que hoje em dia, para nós é primordial. Para os trophy hunters, a platina do game é tranquila, porém leva cerca de 2h de jogo para concluir. O jogo foi lançado para os consoles em 30 de agosto de 2023 e atualmente pode ser encontrado para Playstation 4/5, Xbox One/Series S e X, Nintendo Switch e PC. Há versões físicas, tornando inclusive o título, um colecionável interessante e valioso.
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