Symphonia é um jogo de plataforma musical 2D, não violento e de precisão que desafiará suas habilidades de plataforma enquanto mergulhando você em uma experiência orquestral artesanal. Desenvolvido pelo estúdio Sunny Peak e publicado pela sempre atenta Headup Games, o jogo é um dos grandes destaques indie deste ano, lançado agora no último dia 5 de dezembro.
Não prometendo nada e entregando tudo o game surpreende, sabe porquê? Vem que eu te conto!
Sobre o jogo
No jogo, você jogará como Philemon, um personagem parecido com um pássaro que é um violinista virtuoso em uma jornada para despertar novamente o reino de Symphonia. Com violino e arco em mãos, você pulará, saltará e explorará um mundo poético e ativará a maquinaria do reino para trazê-lo de volta à vida. Uma experiência totalmente não violenta, o jogo integra música em todos os elementos, desde a jogabilidade e arte desenhada à mão até aos mecanismos que controlam o mundo do jogo.
Gráficos, sons e jogabilidade
Um belo trabalho pela direção de arte do jogo, Symphonia tem aquela aura de desenho Disney, que é acompanhado da sua trilha sonora e efeitos sonoros, tudo muito bem executado. O jogo é preciso nos controles, com um mapa um pouco fora do habitual para este jogo que causa uma certa estranheza nos minutos iniciais do gameplay, mas que certamente se acostuma, depois de um tempo.
Isso ajuda à dar corpo na proposta desafiadora que o game imprime. Você sente claramente aqui que é necessário aprender as mecânicas de movimento para vencer os principais desafios dos cenários, pra não ser refém da frustração.
E o veredicto é…
Eu confesso que não estava dando muita bola para Symphonia, e o motivo é porque geralmente quando eu me interesso por um jogo, isso acontece no primeiro teaser ou no primeiro trailer em que claramente o game mostra ao que veio, o que não rolou muito com este título. Fui positivamente surpreendido pois o game tem uma introdução longa que te faz pensar que você já está no jogo e quando se dá conta a aventura começa depois, quando você acaba conhecendo o fato que te leva à começar a incrível jornada!
Na pele de Philemon você vai lidar com a música na maior parte do jogo, desde acordes com o violino até colecionar notas e moedas musicais, mas não pense que o jogo se resume à música. Sua aventura está na experiência de jogos de plataforma do passado, precisos e desafiadores, daqueles em que seu foco é a estratégia ao uso dos movimentos combinado com sua destreza e foco. Aqui tudo se trata de precisão. No pulo, na resposta aos botões, timing e medição de força ou ângulo.
Isso tudo se resume ao que o videogame é: desafio. E este é o tipo de coisa que a Sunny Peak resgata e executa tão bem. É tão satisfatório poder ter de volta as sensações desafiadoras e graficantes que sentimos no passado como títulos como Super Mario World, Castle of Ilusion, Spyro, Rayman Legends, entre outros.
A estória do game acaba tendo uma estrutura meio clichêzona, e no conjunto você acaba se sentindo numa boa produção dos estúdios Disney! Sem esquecer da excelente estrutura de level design que o jogo tem, onde há pontos que o jogo te permite errar e há pontos que o erro é fatal e o jogo vai cuidadosamente utilizando de várias estruturas de mecânica, sem que ele se torne repetitivo ou que te deixe confortavelmente “treinado”. Só senti uma falta de um mapa pra gente consultar pelo menos os caminhos que já tomamos.
Para os caçadores de troféus e colecionadores de conquistas, a listagem apresenta o mesmo desafio o que pode configurar naquela excelente adição ao seu catálogo de grandes conquistas.
Symphonia chegou fechando o ano com chave de ouro, lembrando que o desafio ainda está nas pequenas propostas que estão cada vez mais caprichadas. O título está disponível para Xbox One & Series S/X, PC (via Steam) e PlayStation 4 & 5.
*Código de chave de jogo cedido gentilmente pea Headup Games para a produção desta review.
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