Spike Volleyball – Bigben Interactive / NACON

Confesso à vocês que EU, particularmente, não sou fã dos jogos de esportes nos games. Não é um genero que me atrai. Mas ao longo da minha jornada com joystick em mãos, alguns eu cheguei à no mínimo, testar. Obviamente, hoje quando se falam em jogos de esporte, pelo menos aqui no Brasil, apenas 2 tipos de esportes são os mais jogados. Em primeiro, futebol com FIFA 23 liderando os títulos e em seguida automobilismo, que se divide em Gran Turismo 7, Forza Motorsport 7, F1 2023 entre outros. O que eu, de fora e sem interesse em me tornar um grande jogador, acho ruim o mercado de games principalmente em promover esse gênero.

Não termos uma publicidade maior nos jogos de esportes me inquieta um pouco em achar que só um ou outro merecem destaque e os outros que se contentem com o nicho. Digo isso pois só agora em 2023 fui dar atenção à um jogo de 2019. No geral a imprensa gamer e influenciadores não costumam tocar muito na pauta de jogos de esportes, se não forem o mainstream.

Em Spike Volleyball eu fui movido por nostalgia. Lembro-me que jogos de vôlei sempre foram interessantes e com certo entusiasmo o que eu mais joguei foi Hyper V-Ball no SNES. Lembro-me também vagamente de Summer Heat Beach Volleyball do PS2. Que no geral, eram games simples que não buscavam impor um desafio ao joga-los. No jogo do SNES mesmo, bastava pegar os timings de botões e o mínimo do direcional definia os pontos marcados e as defesas feitas. Até aí, conquistavam qualquer jogador que podiam zerar um campeonato em uma tarde.

Já em Spike Volleyball o buraco é mais embaixo. Não que para jogar de forma casual ou pelo menos vencer uma competição ou liga no game seja algo dificil, mas acredito que possa ser ao olharmos com atenção ao que os sites referência aos platinadores como o PSNProfiles por exemplo, dizem em números. Em suma, o jogo inicia com um tutorial forçado, e bem definido nos comando básicos. Mostra de forma perfeita como ele atua na definição de recepções, levantamento e cortadas, além dos saques. O que fica de fora, torna-se momentos confusos e muito rápidos, o que te faz ficar perdidão no que deu errado.

Eu preciso ser muito justo aqui. Você pode vascular a internet com reviews, gameplays e comentários sobre o jogo e definitivamente vão massacrar o game, e passar a impressão à quem não jogou como um jogo que não vale à pena. Mas eu devo lembrar que para o gamer mais novo(alguém que no mínimo começou à jogar videogames à partir de 2006), que está acostumado com games fáceis que “defendem” uma experiência de jogativa inclusiva, excluindo a dificuldade e o desafio, ou seja, o Nutellinha, a impressão vai ser que o game é ruim, dificil de jogar e de se conseguir uma simples vitória.

Tudo aqui na verdade se trata de perder várias vezes até entender o ritmo de jogo. Isso não exclui o fato de que o game falha onde não deveria. O meu gameplay está aí embaixo pra você ter uma noção do que é jogar e tentar aprender com o game de forma rápida. Eu não sou um grande jogador, que consegue pegar tudo de qualquer game e mastiga-lo em poucas horas, dominando-o, mas tem muito jogo aí que eu faço bonito, isso eu garanto.

Vou destacar um ponto em específico neste game e que você pode notar no gameplay: Ao efetuar um ataque que recebe bloqueio pela CPU, à partir daquele momento, você não consegue sacar o que fazer se não estiver realmente focado na movimentação da bola. Ali a chance de você errar e a CPU marcar, sempre é grande. Também é muito rápido você definir num contra ataque a posição em que você vai mandar a bola, e a força. É rápido o suficiente pra levar você à abandonar qualquer definição e se atentar apenas à apertar o botão para realizar este ataque ou te fazer errar quando você decide procurar um canto para mandar a bola com o direcional e apertar o botão esperando que a força que você procura é mandar a cortada muito rápida e fatal para aquele ponto.

Isso não “casa” e se você conseguir é mais pela sorte, do que ter pego as manhas dessas partes críticas do jogo. Em alguns outros lances eu recebo uma bola, fácil de contra ataque, mas ao primeiro toque, entender aonde é o próximo movimento pode não ficar claro, mas pode acontecer de eu prosseguir e aí perceber uma bola fraca e em direção de ninguém para finalizar a jogada. Um vacilo clássico na vida real, um buraco enorme que percentualmente acontece mais vezes do que o necessário. Não estou dizendo que não há jogadores capazes de dominar o game, sacar as falhas e contorná-las, mas certamente não há jogadores que em cerca de meia hora ou um pouco mais jogando, vão conseguir aprimorar seu foco e jogar o game de boa. Esquece, aqui é necessário se dedicar, isso fica muito claro.

O jogo hoje se encontra disponível para as plataformas Playstation 4/5, Xbox One/Series S/X e PC. Pelo preço praticado, desconsidero que valha à pena comprar, mesmo que você goste de jogos de esporte e deseja ter um game de vôlei na sua biblioteca. Não vou aqui definir valores, mas numa promo que realmente tenha um bom desconto, acho que seria interessante você pegar, até pelo fato de não esperar que realmente algo melhor venha à aparecer me breve. Pode ser que o título seja o último da modalidade.

Eu ainda vou debruçar no game mais algumas semanas e se eu consegui entender um pouco melhor as falhas, eu trago um vídeo no nosso canal comentando. Sem mais delongas, assiste aí um gameplay puro, sem ensaio antes em outra conta. Se você ainda não sacou, aqui é Gamer to Gamer, como você, para você:

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