SKATE STORY – Resenha

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Fala pessoal Mu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo SKATE STORY, que segue um estilo de jogo de skate onde você controla um demônio.

Você é um demônio no Submundo, feito de vidro e dor. O Diabo deu a você um skate com uma simples condição: use ele para ir até a Lua e a devore… Só assim conseguirá a liberdade.

Faça ollies, kickflips e grinds através das cinzas e da fumaça das Terras Vazias enquanto encara uma missão aparentemente impossível. Aprenda a controlar seu peso e movimento para conquistar o concreto lamurioso. Admire a beleza ritualística enquanto se prepara para mandar um kickflip perfeito.

Ganhe velocidade para destruir demônios cruéis, ajudar um sapo esquecido e salvar outras almas atormentadas em sua jornada de iniciante frágil a skatista calejado. Atravesse o inferno e descubra a maior fraqueza do Diabo: humildade, perseverança e um backside tailslide assustadoramente irado.

Tudo o que você precisa é do seu skate.

Um Ritmo Hipnótico para Ruas Demoníacas
Percorra o Submundo ao som da trilha psicodélica do enigmático grupo nova-iorquino Blood Cultures e faixas adicionais por John Fio.

Uma Estilosa Aventura de Skate de Rua
Ande de skate pelos nove círculos do Submundo. Percorra ruas e paisagens surreais cheias de bordas lixadas, fossos profanos e demônios atormentados. Abra caminho por trajetos precários e detone áreas de manobras livres. Descubra e crie seus próprios desafios enquanto explora o mundo e domina seu shape.

Renda-se à Beleza do Shape
Venda sua alma por shapes, rodas e trucks para ficar sempre no estilo. Mais de 70 manobras para descobrir e aprimorar. Conclua provações para subir de nível, aprender novas manobras e obter novos equipamentos. Destrua demônios cruéis com o seu 360 flip… ou, pelo menos, deixe-os de queixo caído.

  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 6GB
  • Desenvolvedora: by Sam Eng
  • Distribuidora: Devolver Digital
  • Gênero: Esporte
  • Data de lançamento: 08/12/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 114,90 / PC Steam R$: 44,90 / Switch 2 R$: 59,99

Opinião sobre o jogo SKATE STORY:

Skate Story não tenta esconder desde o início que nasceu para ser extravagante. Em vez de apresentar um herói marcante ou um enredo clássico, ele prefere transformar uma figura quebradiça em protagonista de uma jornada espiritual sobre rodas. A proposta parece saída de um devaneio: cruzar paisagens impossíveis montado em um skate que tanto liberta quanto ameaça despedaçar você a cada erro.

O que me atraiu inicialmente foi a promessa de movimento constante, trilhas pulsantes, cores que escorrem pela tela e velocidade capaz de engolir o cenário. De fato, esses elementos estão lá, brilhando quando o jogo engrena. Mas Skate Story não se contenta em ser uma sequência contínua de pistas aceleradas; ele interrompe seu próprio fôlego com trechos contemplativos que nem sempre conversam com o que tem de mais encantador.

Uma narrativa peculiar

A narrativa, conduzida por textos mínimos, cria um Submundo que parece estar sempre à beira de um sonho febril. Criaturas enigmáticas, objetos vivos e metáforas ambulantes formam uma procissão de símbolos que guiam o skatista por etapas estranhas, cada uma encerrada por pequenos poemas. Apesar do imaginário sombrio, o jogo não aposta no horror explícito; usa o breu apenas para realçar brilhos, reflexos e ruídos que compõem sua identidade visual.

Curiosamente, toda essa extravagância estética contrasta com uma jogabilidade extremamente moderada. Nada de voos surreais nem combos intermináveis: o skate obedece a regras simples. Manobras precisam ser feitas uma por vez, o pulo é contido, e a verticalidade fica reduzida a estruturas discretas, como se o jogo preferisse que você sentisse o chão e não o deixasse por muito tempo. Em compensação, a fragilidade do protagonista impõe tensão real, bater em qualquer saliência pode transformá-lo em cacos.

E tudo isso funciona bem… até lembrarmos que no PS5, a desenvolvedora poderia elevar a imersão com o DualSense, algo praticamente ignorado. Restam vibrações tímidas onde haveria espaço para sensações profundas.

Visual “diferentão”

Skate Story tenta equilibrar duas identidades: o delírio visual e a prática do skate. Para aproveitar um, é preciso aceitar o outro. Os trechos de pura velocidade, o melhor que o jogo oferece, convivem com missões mais lentas e tarefas que servem apenas para abrir caminho. São essas interrupções que frequentemente esfria o impulso que o jogo cria.

Quem se aproxima pela estética psicodélica vai precisar lidar com frustrações constantes provocadas pela fragilidade do protagonista. Já quem busca o desafio de manobrar com estilo precisará aceitar longos trechos narrativos e uma cadência menos fluida que o esperado. Curiosamente, o jogo é permissivo com erros, mas exige domínio para performar com elegância. Cair faz parte, claro, seria estranho que um personagem de vidro não quebrasse, mas quebrar demais dilui o êxtase da velocidade.

A primeira metade enfraquece ao prender o jogador em buscas e cenários urbanos pouco inspirados, enquanto o simbolismo cai na repetição e no humor excêntrico. Mas basta chegar aos chefes para que tudo volte ao eixo: confrontos monumentais que funcionam quase como videoclipes interativos, acelerados por músicas envolventes e por um sistema de ataque baseado em combos aplicados sobre reflexos de luz.

Exploração e deslizes

Felizmente, o ato final abraça de vez a poesia do caos. A exploração dá lugar a corridas vertiginosas, batalhas estilizadas e um desfile de ambientes tão delirantes quanto harmonizados com a trilha da Blood Cultures, um conjunto que entrega exatamente o ritmo e o arrebatamento sugeridos pelo trailer.

O maior deslize é a ausência de seleção de capítulos. Após terminar a campanha, só resta começar tudo de novo, um desperdício considerando como os chefes são naturalmente rejogáveis.

O jogo recebeu uma atualização de lançamento, corrigindo alguns trechos sem localização em português, o que deve ajudar na imersão geral.

  • Originalidade e identidade estética forte
  • Fusão entre skate e narrativa/imersão
  • Liberdade e customização
  • Atmosfera e trilha sonora
  • Potencial de exploração e desafio
  • Uso limitado do DualSense no PS5
  • Foco narrativo pode não agradar quem curte sandbox livre ou competição
  • Incerteza no pêndulo entre “arte” e jogabilidade”
  • Público específico
  • Falta de seleção de capítulos

Considerações Finais

Para mim, Skate Story representa um dos lançamentos de 2025 mais interessantes para quem busca algo diferente: um híbrido de skate + horror/ficção + arte digital. Se você curte jogos com identidade forte, atmosfera intimista ou perturbadora, e não se importa com realismo urbano, ele tem tudo para ser especial.

Se tiver que compará-lo com algo, não é o “clássico jogo de skate” é mais uma “experiência de skate simbólica e narrativa”, talvez mais próxima de uma aventura indie com mecânicas de skate.

Para muitos, pode ser um daqueles jogos de nicho que se torna “cult” — especialmente por sua estética e originalidade.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Devolver Digital.

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