Mortisomem – Resenha

Mortisomem key art
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Temos aqui mais uma aventura de mistério e terror brasileira. Mortisomem jogo desenvolvido por David Pateti (Terminal 81, Acre Crisis e Chácara) que estreou ano passado no PC, chega para consoles pelas mãos da Sometimes You e promete dar muitos sustos nos jogadores.

Sobre o Jogo

O jogo se passa no ano de 1917, na vasta floresta do interior do Brasil. Donald Barnes é um imigrante e um comerciante americano bem-sucedido no Brasil. No entanto, um dia, ele ouve uma história tradicional da região que lhe chama muito a atenção: sobre um homem que viveu centenas de anos atrás, brutalmente assassinado pela família de sua esposa e que, após sua morte, se tornou um demônio cruel que mata os habitantes daquela região por ódio e ressentimento. Esse demônio se chamava Mortisomem.

No entanto, no caminho de volta para casa, Donald Barnes começa a ser perseguido por uma criatura poderosa e assustadora que combina perfeitamente com as características físicas de Mortisomem. O comerciante americano é forçado a se aventurar em áreas rurais para escapar dessa criatura e encontrar outro caminho para casa.

Gráficos, sons e jogabilidade

Temos aqui os mesmos gráficos dos jogos anteriores de Pateti. Tudo naquele estilo poligonal de PS1, como se você estivesse em Alone in the Dark e Resident Evil. Ruim? Não! Isso funciona.

A trilha sonora já entrega bem desde a música incidental do menu, inclusive a música caipira brasileira usada no começo que dá pano de fundo para a conversa no bar é muito bem sacada. Já em se tratando da parte da jogabilidade, eu achei meio arrastadinha e ineficaz em diversos momentos os controles sobre interação com objetos entre outros momentos cruciais que pedem controles mais dinâmicos, claros e precisos.

E o veredicto é…

Mortisomen é um jogo que tinha de tudo pra ser feliz! Tem um plot interessante, aborda uma época pouco usual do que em geral um produto brasileiro de entretenimento traz e tem características interessantes. De início a gente se pega surpreso pela trilha sonora e como se apresenta o storytelling.

Eu diria que era só fazer o arroz com feijão bem feitinho que tudo dara certo. Mas não é o caso. Um dos maiores problemas ao se portar qualquer jogo do PC aos consoles é que no mínimo, se tenha uma noção/vivência sobre o console e pense em como tudo tem que parecer e funcionar através de uma tela de Tv e não de monitor.

É necessário que a imagem seja clara, que textos e fontes sejam bem adaptados em cores, efeitos e tamanho no qual qualquer pessoa no sofá consiga ler muito bem.

Nos controles então, é necessário entender que um mouse é diferente de um controle em diversos aspectos mecânicos e interativos. No caso por termos a visão em primeira pessoa, a mira precisa ter uma abragência de alcance e contato melhor com os objetos, não importa seu tamanho.

Há alguns momentos que não ficam claro como um comando ou função funciona para tal momento ou interação. E não é exclusividade do gênero ou do caso. Já apontei em outros portes e remakes que algumas funções tem como tradição alguns botões denominados de forma clássica. Trocar essas denominações não faz sentido ainda mais em funções simples.

O clima que o jogo imprime é típico e funciona muito bem, mas chega à frustar que em momentos tensos, você brigue mais com os controles do que com a situação em sí. Como você irá conferir no meu gameplay inicial abaixo, eu pnei pra entender como funcionavam os comandos numa simples interação de usar uma pedra para quebrar um cadeado. Não era nem intuitivo qual botão e de que maneira eu deveria lidar com ele para que a ação funcionasse!

E isso foi frustrante até para mim que gosto de insistir um pouco nos títulos, pra entender até onde é minha dificuldade ou é problema na jogabilidade.

Quando você percebe, pelo roteiro, que o jogo faz sua lição de casa da melhor forma possível, colocando desafio e tensão nas missões e decisões sobre como executar cada uma delas, tentando não morrer aos possíveis encontros com a criatura, você se vê igual à aquele protagonista dos filmes de terror dos anos 80 que tenta o filme todo fugir do assassino/monstro.

E é aí que, você nota o quão o potencial do jogo acaba sendo prejudicado por detalhes técnicos que não deveriam existir quando se é possível sim, fazer o feijão com arroz bem feito.

Mortisomem chegou para os consoles PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series S/X e Nintendo Switch no último dia 11 de abril.

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