Após quase 1 ano de debute no PC (via Steam) Keeper’s Toll, um roguelite de sobrevivência repleto de ação ambientado em um mundo de fantasia sombria com influências retrô, desenvolvido pela Stingbot Games, chega aos consoles pelas mãos da Eastasiasoft oferecendo desafio entre os mais diversos perfis de personagens, com forte foco em elementos de RPG.
Seria mais um roguelite massante, ou Keeper’s Toll segura bem a bola? Vem comigo que te conto!
Sobre o jogo
Levanta-te, herói caído, e leva a tua jornada até ao fim!
Em Keeper’s Toll, cada momento pode ser o seu último, mas a cada revés, você fica mais forte. Aceite o desafio, supere inimigos assustadores e purgue um mundo insensível em pixel art. Escolha entre o Monge das Sombras, Piromante, Donzela de Sangue, Necromante, Patrulheiro e Bogatyr. Cada herói tem mecânicas, habilidades e árvores de progressão únicas para explorar.
Chefes ferozes e invasores implacáveis estão no coração de Keeper’s Toll e suas terras perigosas. Fortaleça seu personagem com estratégias de raciocínio rápido ou sofra um fim rápido em sua jornada!
Gráficos, Sons & Jogabilidade
O jogo tem um game design pixelado bem bacana e simples, que lhe confere personalidade, assim como o som que confere um clima único à cada personagem na trilha sonora.
Os comandos são simples e a movimentação funciona bem, assim como a visualização da tela/cenário que é bem legível e dá ao jogador uma amplitude de áreas e fugas, mesmo quando o número de inimigos na tela é extremo. O menu autopop que se mostra na tela sempre que um nível é alcançado, é claro no objetivo de dar as opções de upgrade e melhoramento, mas eu achei muito simplório.
E o veredicto é…
Como todo roguelite de sobrevivência Keeper’s Toll imprime um bom ritmo e oferece um ótimo nivel de desafio, mas não orienta tanto assim no que o jogador está buscando, no que está conquistando e no caso de morte, sob as vantagens adquiridas para a próxima tentativa.
Todo bullet hell tem um momento de descanso e no caso de Keeper’s Toll só após a morte. Não. Nem tão exagerado assim, à cada novo nível de personagem alcançado, o jogo pausa numa tela em que te oferece opções de melhorias, para seguir adiante.
E essas melhorias tem suas variáveis em cada um dos 6 personagens únicos e sua experiência de gameplay. O game permite a redistribuição de pontos de melhoria, o que torna mais interessante a estratégia conforme o avanço. Também gostei da ampla oferta de inimigos, como eles se comportam e o ritmo com que eles se reúnem.
A narrativa é quase inexistente em Keeper’s Toll. Basta apertar poucos botões e você já está entregue à hordas ameaçadoras, tipo à la Vampire Survivors, mas sem muita inovação. Claramente o foco de Keeper´s Toll está na jogabilidade.
Você escolhe seu personagem, o jogo inicia, inimigos vão surgindo e vão aumentando gradativamente sob a tela conforme o nível do personagem também aumenta, novos monstros surgem, desafiando o jogador à também se adequar ao seu padrão de ataque e velocidade de aproximação, oponentes especiais aparecem e concedem bônus temporários ao serem derrotados e após um certo período, os chefes chegam!
São 4 níveis desafiantes que fazem de Keeper’s Toll ser um jogo divertido. Lembra do que eu disse sobre a vantagem pós morte? Então o jogo oferece construir builds para encarar a próxima run. E é a parte mais interessante e importante do jogo. O aprendizado aqui está mais em experimentar todos os personagens e entender suas ferramentas, antes de começar à montar essas builds levando em conta o que dá certo entre melhorias ativas ou passivas.
Qualquer habilidade que ofereça ataques ou dano extras ao longo do tempo é ao meu ver a melhor opção. É interessante também entender os dados quan do se morre. Quando se morre no game, o jogador recebe um conjunto claro de estatísticas, além de experiência. Isso é específico do personagem e usado para aprimorar habilidades que aumentarão significativamente o poder de combate.
Então se você adora um desafio de sobrevivência em roguelite, considere tornar Keeper’s Toll um novo título da sua biblioteca de jogos para Playstation, Xbox ou Nintendo Switch.
Veja também: S.T.A.L.K.E.R. Legends of the Zone Trilogy (Enhanced Edition) – Resenha
