Herdling – Resenha

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Fala pessoal Mu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Herdling, que segue um estilo de aventura relaxante, dos mesmos criadores da série FAR.

Herdling é a mais nova aventura da Okomotive, que criou os aclamados e marcantes jogos da série FAR, em parceria com a Panic, editora de Firewatch.

Saia em uma expedição alpina grandiosa com seu rebanho de animais adoráveis e, conforme sobe a trilha pela montanha, enfrente perigos sinistros e obstáculos surpreendentes, enquanto abre caminho até o mistério que se esconde no topo.

Características:

  • Conduza, proteja e morra de amores pelo rebanho de Calicorns.
  • Atravesse paisagens montanhosas deslumbrantes, platôs nevados e vales esquecidos.
  • Aprimore suas habilidades pastoris ao navegar por uma variedade de desafios, ameaças e quebra-cabeças ambientais.
  • Sinta a emoção da montanha com seu rebanho em sequências eletrizantes de debandada.
  • Uma história emocionante de confiança, sobrevivência e companheirismo que dispensa palavras, em uma travessia por um mundo decaído.
  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 2GB
  • Desenvolvedora: Okomotive
  • Distribuidora: Panic
  • Gênero: Aventura
  • Data de lançamento: 21/08/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 142,50 / PC Steam R$: 74,99 / Xbox R$: 74,99 / Switch R$: 90,99

Opinião sobre o jogo Herdling:

A Okomotive já se consolidou como um estúdio capaz de transformar jornadas simples em experiências emocionais. FAR: Lone Sails (2018) e FAR: Changing Tides (2022) nos colocaram em mundos solitários, conduzindo máquinas improváveis através de ruínas e mares infinitos. O silêncio, o ritmo lento e a sensação de isolamento eram as grandes marcas dessas aventuras.

Agora, com Herdling, a desenvolvedora suíça inverte a lógica. Não somos mais viajantes solitários: carregamos a responsabilidade de guiar e proteger um rebanho de criaturas mágicas, os calicórnios, em direção às montanhas nevadas. A solidão dá espaço ao vínculo e esse contraste talvez seja o maior charme do novo projeto.

De máquinas a criaturas vivas

Enquanto em FAR a ligação emocional vinha da relação com uma máquina quase viva, em Herdling o elo é muito mais direto. Os calicórnios não são ferramentas, mas companheiros frágeis, que precisam de cuidado constante.

O mesmo bastão que serve para guiá-los também simboliza sua responsabilidade sobre eles. Nomeá-los, acariciá-los, brincar ou decorar seus chifres com flores faz parte de um ciclo de afeto que nenhum dos jogos anteriores do estúdio explorava de forma tão explícita.

Se em Changing Tides o mar parecia nos engolir em silêncio, em Herdling a companhia dos calicórnios preenche esse vazio com calor e empatia.

Jornada que ecoa, mas não repete

A estrutura narrativa lembra o estilo da Okomotive: sem diálogos diretos, sem longas explicações. O cenário conta a história. As placas no caminho, a visão das montanhas ao fundo, os obstáculos naturais, tudo guia o jogador sem precisar de um HUD carregado.

Essa abordagem minimalista continua presente, mas agora se soma a uma jogabilidade de pastoreio, que traz tensão e responsabilidade a cada passo. Enquanto em FAR você só precisava manter sua máquina funcionando, aqui qualquer descuido pode custar a vida de um companheiro.

O peso da responsabilidade

Um dos maiores acertos é a forma como o jogo transforma o cuidado em emoção. Os calicórnios ajudam em puzzles ambientais, mas a perda de um deles nunca é apenas uma mecânica, e sim um golpe emocional.

A opção de acessibilidade que torna o rebanho imortal é um recurso valioso para quem prefere a experiência sem a dor da perda. Ainda assim, o jogo parece mais poderoso justamente quando nos deixa sentir esse peso.

Desempenho do jogo

No PlayStation 5, Herdling entrega a experiência que merece: framerate estável, tempos de carregamento quase inexistentes e visuais que reforçam a atmosfera de conto pastoral. Diferente das limitações que FAR enfrentava em plataformas menos potentes, aqui a fluidez ajuda a reforçar a imersão e valoriza os momentos de maior intensidade, como as corridas em estampida com o rebanho.

Herdling e a evolução da Okomotive

FAR era sobre a solidão e a perseverança em meio às ruínas de um mundo silencioso. Herdling é sobre cuidado, vínculo e responsabilidade coletiva. Ambos compartilham a mesma linguagem contemplativa e minimalista, mas o novo jogo mostra uma desenvolvedora interessada em explorar emoções diferentes sem abandonar sua identidade.

Se Lone Sails era uma canção melancólica, Changing Tides um lamento poético, então Herdling é quase uma celebração pastoral, ainda que permeada por tensão e fragilidade.

  • Evolução da fórmula contemplativa da Okomotive;
  • Laços emocionais fortes com os calicórnios;
  • Design ambiental que guia sem excessos;
  • Trilha sonora impactante em momentos-chave;
  • Desempenho sólido no PS5.
  • Problemas ocasionais com a câmera;
  • Linearidade que pode afastar quem busca exploração aberta.

Considerações Finais

Com Herdling, a Okomotive mostra maturidade ao se reinventar sem perder sua essência. Se os jogos FAR eram experiências de isolamento, este é um convite à empatia. É menos sobre chegar ao destino e mais sobre como você cuida de quem está ao seu lado na jornada.

Jogar Herdling, foi uma daquelas surpresas que ficam na memória. Eu já admirava a Okomotive pelos cenários grandiosos e pela atmosfera de melancolia dos jogos FAR, mas aqui o impacto foi diferente. Ver cada calicórnio me acompanhar, reagir às minhas ações e, de alguma forma, confiar em mim, mexeu comigo de um jeito inesperado.

Houve momentos em que corri com o rebanho em campo aberto e senti aquela mistura de liberdade e responsabilidade que só um jogo bem pensado consegue transmitir. Não é um título para quem busca ação desenfreada, mas para quem gosta de histórias que falam ao coração, Herdling é uma experiência obrigatória.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Okomotive.

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