GRAVEN – Resenha

Houve uma época nos anos 90 em que GRAVEN seria um medalhão. Alguns dizem que o jogo é o sucessor espiritual de Hexen 2, segundo título de uma franquia que fez muito sucesso naquela década assim como Heretic e até então, quem viveu entende o porquê.

GRAVEN foi desenvolvido pela Slipgate Ironworks e distribuido pela 3D Realms junto com a Fulqrum Publishing, debutando no PC em janeiro deste ano. Agora, no último dia 25, chegou aos consoles Playstation e Xbox. No Switch, oficialmente é comunicado pelas publishers que é lançado junto, mas ainda não está disponível na Nintendo Store.

Em geral, já existirem inúmeros jogos que se assemelham à GRAVEN. Alguns mais com uma proposta roguelike ou dungeon survivor, e que junto com as coletâneas de boomer shooter que existem por aí, será que um novo jogo nos moldes dos antigos, num preço meio salgado, é uma aquisição interessante à biblioteca de games de um fã do gênero?

Sobre o jogo

Segundo a descrição oficial do jogo, em GRAVEN você é um sacerdote fiel da ordem ortogonal, exilado e condenado à morte por um crime cometido a fim de evitar outro, que acorda em um pequeno barco, flutuando em um pântano. Um desconhecido o leva até a terra firme e lhe entrega um cajado e um livro misteriosos.

Embora isso não seja mostrado no jogo, você inicia no porto de uma cidade condenada por uma praga e resta à você lutar contra este mal.

Você começa com um cajado e 2 variações de golpes dele, também golpeia com os pés e após uma interação breve com um dos guardas da cidade, você ganha uma balestra de pulso. Sem falar mais adiante na primeira quest você adquire uma magia de fogo. Parece um pacote completo pra quem vai começar à quebrar tudo, só que não. Armas poderosas e mais satisfatórias, só após a segunda incursão começarão à aparecer, mas sem muitos onde usar, à princípio.

Gráficos, sons e jogabilidade

Os gráficos seguem aos jogos inspirados acima citados assim como os sons e a jogabilidade pura e simples de um FPS. Falando na escolha de identidade do jogo, eu achei interessante, embora faça um esforço enorme pra ser desinteressante por não se permitir ter diálogos consistentes e lore contundente.

E o veredicto é…

A idéia de criar um jogo como GRAVEN pode ser interessante, mas não vejo a força da nostalgia impressa nele. O jogo parece datado e fraco. Ele não apresenta a mesma vida e ritmo dos quais seus antecessores apresentam.

Eu sinto que o jogo deveria ter um ritmo maior e mais constante. Você pode observar no gameplay logo abaixo e comparar com o gameplays iniciais de Hexen 2 ou Heretic. Assim como DOOM, estes jogos seguem um roteiro e uma estrutura definida: O mapa é constituido de corredores que ligam câmaras. Toda grande câmara tem vida, inimigos e perigos contido nelas, e o natural é o jogador ir “limpando” cada uma delas.

GRAVEN não segue isso. OK, ele pode ter elementos RPG, ter um espaço maior para lore, mas tirando isso para o que importa, que é o pega pra capar, é fraco. Não é similar às suas delegadas “influências.” Para um “boomer shooter“, fica devendo.

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