Earthion – Resenha

Earthion resenha - artwork GTG
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Earthion já pode ser considerado um cult? Acredito que sim. O novo game assinado por Yuzo Koshiro (criador de várias e marcantes trilhas sonoras dos games, como Streets of Rage, ActRaiser  e Sonic the Hedgehog, entre outras), nos leva de volta aos anos 90 onde era um dos gêneros mais populares e quase, sinônimo de video game.

Mas mesmo o título sendo obra de quem é, nem tudo são flores! Vem comigo que eu te conto!

Sobre o jogo

Com os recursos da Terra esgotados e o meio ambiente em colapso, a maior parte da humanidade fugiu para Marte. Mas quando invasores hostis iniciam um ataque ao planeta Terra, não há outra escolha: é hora de contra-atacar. Na pele da pesquisadora ambiental Azusa Takanashi, você vai pilotar a avançada nave de combate espacial YK-IIA e liderar o contra-ataque mais importante da história da humanidade. Perder não é uma opção!

Gráficos, Sons e jogabilidade

Com belos gráficos pixelados no estilo da era 16 bits, a identidade do game traz o design biomecânico inspirado em H. R. Giger (o mesmo artista por trás de Alien), com inimigos grotescos e cenários detalhados. Quanto aos sons e a trilha sonora, é chover no molhado falar qualquer coisa sobre o trabalho do mestre Yuzo Koshiro.

As músicas caem como luva no ritmo que a jogabilidade imprime criando um clima pulsante e vibrante na experiência imersiva ao jogador. Foram poucas vezes que eu senti que a música em um jogo com ação, andava de mão juntas inclusive na intensidade. Os comandos são redondinhos, bem responsívos e o mapa de controles é ótimo. Única coisa que eu achei ultrapassado foi o lance de senhas para progressão de fases. Nenhum sentido hoje em dia, pois afinal, o jogo embora tenha uma pegada retrô, inova em alguns pontos e poderia muito bem ser prático e moderno nesta parte.

E o veredicto é…

Se você não sabe, Shoot’em up se tornou um gênero muito nichado e que criações muito bem executadas certamente merecem o status de cult. Para mim, à partir do momento que Earthion foi revelado, anunciando quem estava por trás dele, isso já estava definido.

Earthion tem quase tudo que os grandes títulos do gênero tem, com um toque especial em sua trilha sonora e alguns detalhes inovadores que lhe dão uma personalidade só dele. O sistema de “escudo regenerativo”, joga à favor do player habilidoso, porém acredito que ajude também ao jogador inexperiente ou que necessite de uma curva de aprendizado maior.

A mecânica de power-ups se comporta de forma interessante: não é progressiva e sim substitutiva. Você pode pegar ele seu antigo power up vai continuar alí próximo, caso não tenha sido uma boa escolha, mas ela tem sua limitação. Os upgrades também vem numa proposta interessante: Caso você mantenha um dos power-ups do início ao fim da fase, você pode upar o poder dele para adentrar a nova fase mais parrudo.

Com estes detalhes, estar ao comando da nave de Azusa Takanashi, é uma gostosa experiência. Só não é tão magnífica assim pois o game peca num ponto importante: A visibilidade dos projéteis. Em diversos momentos, o background do jogo é tão poluído que você se perde em o que é tro inimigo, o que é obstáculo à desviar e o que é item à coletar. Isso mina aquela sensação de estarmos jogando, vibrando e até resistindo ao último ponto de vida, como um guerreiro invencível e BUM! Você nem viu o projétil que te atingiu e acabou com seus sonhos…

Desenvolvido pela Ancient Corporation e distribuído pela Limited Run Games, Earthion é quase perfeito, tem pedigree do gênero e um belo desafio aos trophy hunters e mileteiros. Chegou ao PC em 31 de julho e em 18 de setembro aos consoles. Confira nosso gameplay inicial aqui:

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