Uma aventura de plataforma sombria e emocionante chegou ao PC e consoles no último dia 19: Chronicles of the Wolf, desenvoldido pela Migami Games e distribuido pela PQube Limited, traz muita nostalgia da era 8 bits para os saudosistas dos clássicos metroidvanias.

Chronicles of the Wolf é baseado nas histórias reais da “Besta de Gévaudan” — um mito muito difundido nos tempos antigos na França central (entre 1764 e 1767) sobre uma entidade carnívora que devastava o campo, inspirando medo e terror.
Sobre o jogo
A Besta é real e está esperando por você.
Em Chronicles of the Wolf, você jogará como Mateo Lombardo, o último aprendiz da Ordem da Rosa Cruz, em uma jornada para caçar a infame Besta de Gévaudan. Esta aventura de plataforma sombria e emocionante combina combate rápido, exploração desafiadora e narrativa profunda, tornando-se um jogo obrigatório para os fãs do gênero.

Gráficos, Sons e Jogabilidade
No geral os gráficos são muito bons e o trabalho de game design aqui reproduz com muita fidelidade um game que poderia facilmente se passar por um título genuíno dos anos 80/90. Tem uma cara lascada de Castlevania, é fato e possívelmente a grande inspiração, até pelo fato da excelente trilha sonora ser assinada por Jeffrey Montoya (Castlevania: The Lecarde Chronicles).

Outro lance legal é saber que Robert Belgrade, a voz por trás de Alucard, entra aqui com seu timbre instantaneamente reconhecível e um trabalho tipicamente de alta classe narrando a história que encerra este.
Falando da jogabilidade, Chronicles of the Wolf tem ótimos controles e com o estilo e física de plataforma idênticos ao nível dos Castlevanias do NES, mas eu confesso que essa movimentação mais rígida, clássica da época poderia ter ficado lá e apresentado uma movimentação mais fluída. Obviamente, por ser um game inspirado, o título apresenta uma estrutura de Metroidvania em orientação e mapa, mas numa diagramação bem ruim.














E o veredicto é…
Certamente, os fãs de Castlevania merecem e devem jogar Chronicles of the Wolf. Desde a história à gameplay o game te transporta para aquela época e te conquista. Tem o seu fator de dificuldade mais atrelado a comportamento das mecânicas que seguem fiéis às inspirações e em determinados momentos vai fazer você ranger os dentes.
Claramente o pessoal da Migami Games caprichou na saga de Mateo Lombardo: o game design, o level design, seu conteúdo com uma boa diversidade de inimigos, chefões, surpresas – como Bloodless, personagem de Bloodstained: Ritual of the Night fazendo uma participação especial! – Se vestem fielmente como um Castlevania legítimo ou até uma sequência não esperada do clássico 2D. Tudo pensado para o jogador mergulhar em nostalgia.

Para mim Chronicles of the Wolf é um jogo estranhamente familiar, que me conquistou pela óbvia referência ao mesmo tempo que me decepcionou com detalhes ultrapassados e sem o devido cuidado. Ao mesmo tempo que temos problemas na fluidez de movimentação, essa característica nos traz nostalgia e contribui com uma dificuldade desbalanceada.
Há embates com chefes que são difíceis e outros fáceis, porém como a economia do game permite um farm entre telas, nada que um estoque de poções não te segure contra os chefes. O recurso de poder especial através de Mana que te proporciona alguns poderes ao longo da jornada, poderia ser mais diversificado por exemplo. Pois após alguns chefões seria mais necessário o poder de recuperação de vida do que gastar potes e potes de poções.
A história é bem bacana, batida, mas com um bom lore até o final o que dá um bom entendimento de todo o tema e jornada. Incrivelmente o jogo tem tradução em português brasileiro o que melhora e muito a experiência de quem adora entender toda a história.
Chronicles of the Wolf leva cerca de 12 horas para se completar por inteiro com todo o conteúdo e finais e é um prato cheio os platinadores e caçadores de recompensas. O título está disponível para PC (via Steam), PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series S/X e Nintendo Switch.
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