Anima Gate of Memories: I & II Remastered – Resenha

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Fala pessoal Mu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Anima Gate of Memories: I & II Remastered, que segue um estilo de RPG e reúne dois aclamados RPGs de ação num único jogo melhorado!

Anima Gate of Memories I&II Remaster reúne dois aclamados RPGs de ação num único jogo melhorado!

Anima é um RPG de ação na terceira pessoa que junta dois destinos – um de um monstro lendário e de uma moça misteriosa sem memória do seu passado, o outro de uma alma imortal amaldiçoada a vaguear pelo mundo para sempre.
A sua existência tomará um rumo inesperado quando descobrirem que ambos estiveram envolvidos em algo sinistro, uma guerra nas sombras na qual terão um papel de liderança involuntário em lados opostos da mesa.

Experimenta o Anima: Gate of Memories original e a sua história complementar Anima: The Nameless Chronicles – ambos totalmente remasterizados com visuais e jogabilidade melhorados.

Explora um rico universo de fantasia inspirado na saga de RPG de mesa Anima Beyond Fantasy, repleto de histórias profundas, combates rápidos e enredos ramificados moldados pelas tuas escolhas.

Quer sejas novo na saga ou estejas a regressar, esta é a melhor forma de descobrir o mundo de Anima.

Caraterísticas

  • Uma história profunda. Descobre os segredos da Torre dos Arcanos numa história misteriosa onde nada é o que parece. As suas escolhas moldam a viagem e as tuas ações determinam o destino dos que estão lá dentro.
  • Um sistema de combate que combina elementos de RPG com ação rápida.
  • Liberta cadeias de movimentos espectaculares e dinâmicas com o Dual System – alterna facilmente entre personagens com um único botão para criar combos emocionantes.
  • Um mundo interligado cheio de locais únicos feitos de memórias. Viaja pela torre de Arcane e descobre os seus segredos.
  • Cada personagem tem um grande conjunto de habilidades especiais que poderás desenvolver e personalizar como num RPG tradicional.
  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 9GB
  • Desenvolvedora: Anima Project
  • Distribuidora: ANIMA PROJECT CARLOS BLAS GARCÍA APARICIO
  • Gênero: Aventura, Ação
  • Data de lançamento: 07/11/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 169,90 / PC Steam R$: 73,99 / Xbox R$: 145,95 

Opinião sobre o jogo Anima Gate of Memories: I & II Remastered

Reunir Anima: Gate of Memories e sua sequência em um único pacote remasterizado soa como uma oportunidade perfeita para reintroduzir o universo de Gaia a um novo público. A coletânea tenta exatamente isso: modernizar dois RPGs de ação que, mesmo imperfeitos, sempre carregaram muito potencial narrativo vindo de seu material de origem, o RPG de mesa espanhol Anima: Beyond Fantasy. Os visuais ganharam textura e vida, o áudio recebeu mais polimento e o combate ganhou efeitos remodelados. E o melhor que no meio desse esforço todo, finalmente contamos com opção de legendas em português, algo muito bem-vindo!

Entre inquisidores, demônios e um andarilho eterno

O primeiro jogo gira em torno da dupla mais improvável que você vai encontrar por aí: Bearer, uma inquisidora sem lembranças, e Ergo Mundus, um demônio falastrão preso dentro de um grimório. Obrigados a explorar a enigmática torre Arcana e caçar cinco criaturas poderosas sob ordens superiores, os dois acabam mergulhando em um conflito muito maior, com ramificações que levam a múltiplos finais.

A química entre eles, no entanto, é… peculiar. Bearer raramente demonstra qualquer emoção, uma ideia que poderia funcionar, dado seu passado apagado, mas que a deixa sem brilho. Ergo, por outro lado, compensa isso falando o suficiente por dois: sarcástico, inconveniente e cheio de comentários provocativos. Para muitos jogadores, é ele quem sustenta as conversas e dá alguma vida ao roteiro do primeiro capítulo.

O segundo jogo muda tudo ao colocar o imortal Nameless no centro da narrativa. Sua jornada ocorre na mesma torre, mas sob outra perspectiva, ampliando pontos importantes da história e oferecendo respostas para questões deixadas no ar anteriormente. Sua trama é mais coesa e, curiosamente, até mais criativa em alguns puzzles e trechos de exploração.

A dublagem dos dois títulos segue como ponto forte, dando personalidade às figuras mais importantes do universo. Já nas cutscenes, animações faciais praticamente inexistem, o que cria aquele efeito estranho de personagens “falando” sem mover a boca.

Imagem: Alexandre Mu / Gamer to Gamer

Um combate que brilha… até esbarrar no vigor

À primeira vista, o sistema de batalha é puro hack and slash: combos aéreos e terrestres, magias de impacto, golpes carregados e ataques à distância. Há até mesmo um contador de estilo que premia sequências de golpes. Em teoria, tudo flui bem… até a barra de Ki entrar em cena.

Qualquer movimento mais intenso, ataque físico ou esquiva, drena vigor rapidamente, limitando o combate e empurrando o jogador para estratégias à distância. A mecânica acaba atuando mais como trava do que como elemento estratégico. E isso afeta até a troca entre Bearer e Ergo, que poderia render combinações bem mais interessantes.

O lado RPG traz variedade em armas, armaduras, amuletos e consumíveis, com builds possíveis para cada personagem. A remasterização reforça os efeitos de habilidades, deixa tudo mais bonito visualmente e inclui novas dificuldades e ajustes bem-vindos.

Nameless, no segundo jogo, também tem seu diferencial com uma barra especial que fortalece ataques e quebra defesas. Mas, novamente, o vigor persiste como obstáculo desnecessário.

A torre Arcana, um labirinto mágico que guarda seus segredos

As regiões da torre são divididas em áreas temáticas com estilos visuais bem diferentes: mansões misteriosas, campos congelados, regiões abertas e cavernas. Em cada fase, a estrutura segue um mesmo ritual: encontrar fragmentos da memória do inimigo principal para, então, enfrentá-lo. Não influencia nos finais, apenas aprofunda o lore para quem quiser absorvê-lo.

A exploração mistura trechos 3D com seções 2D, pequenos puzzles e um trabalho musical marcante, violinos guiando o tom do primeiro jogo e piano conduzindo o segundo. O remaster finalmente dá ao cenário a beleza que sempre pareceu estar escondida: iluminação mais forte, texturas mais trabalhadas e ambientes mais atmosféricos.

A segunda campanha, porém, reutiliza locais já visitados, com menos áreas novas e um escopo menor. Ainda assim, alguns desafios são mais inspirados, especialmente do lado de Nameless.

Imagem: Alexandre Mu / Gamer to Gamer

Considerações Finais

Anima: Gate of Memories I & II Remaster faz o suficiente para justificar sua existência: melhora a estética, deixa o gameplay mais agradável visualmente e organiza dois jogos antes separados em um pacote acessível. Mas faltam toques que teriam elevado essa coletânea a outro nível como: expressões faciais decentes e ajustes mais ousados no combate, especialmente na controversa barra de Ki.

Ainda assim, para quem gosta de RPGs de ação com foco em lore, múltiplos finais e personagens excêntricos, Gaia continua um lugar intrigante para se perder.

  • Cenários mais bonitos, com iluminação e texturas renovadas no remaster.
  • Efeitos de golpes e magias aprimorados, trazendo mais impacto audiovisual.
  • História rica nos dois jogos, com múltiplos finais e boa dublagem.
  • Legendas em português brasileiro.
  • A barra de Ki ainda limita demais o combate.
  • A protagonista Bearer continua pouco expressiva e pouco carismática.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Anima Publishing.

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