Amerzone: The Explorer’s Legacy – Resenha

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Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Amerzone: The Explorer’s Legacy, que segue um estilo point and click, inspirado no jogo original mas com uma pitada mais moderna.

Parta em uma missão em busca dos grandes pássaros brancos em uma terra misteriosa e cheia de segredos

Aceite o convite da exploração e viaje para Amerzone, um país esquecido da América Latina, para realizar os últimos desejos de um falecido explorador.

Investigue as ruínas desta terra secreta retomada pela natureza, conheça personagens intrigantes com histórias profundas e resolva enigmas complexos para descobrir a verdade.

Você desvendará os mistérios que cercam os míticos grandes pássaros brancos?

CARACTERÍSTICAS

Um remake do jogo clássico de Benoît Sokal
(Re)descubra a obra de Benoît Sokal antes da saga Syberia

Uma ode à exploração
Descubra uma terra formada por mistérios e segredos enquanto viaja por ambientes misteriosos e de tirar o fôlego

Enfrente vários desafios em busca da verdade
Encontre pistas e resolva enigmas complexos na busca pelos grandes pássaros brancos em uma história original e aprimorada

Conheça personagens fascinantes
Conheça pessoas com histórias profundas e ouça suas histórias para corrigir os erros do passado

Dois níveis de dificuldade para todos poderem usufruir

Jogo guardado transferível da versão de demonstração para o jogo completo

Um mergulho extensivo no universo de Benoît Sokal e paralelo à série Syberia

  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 15GB
  • Desenvolvedora:  Microids Studio Paris
  • Distribuidora: Microids
  • Gênero: Aventura
  • Data de lançamento: 24/04/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 199,50 / PC Steam R$: 159,95 / Xbox R$: 159,95 

Opinião sobre o jogo Amerzone: The Explorer’s Legacy

Em um mundo de jogos acelerados, gráficos ultrarrealistas e infinitas barras de progresso, Amerzone: The Explorer’s Legacy surge como um respiro. Literalmente. É um jogo que não grita por atenção, mas sussurra memórias de uma época em que explorar, observar e refletir era mais importante do que vencer ou competir.

Uma viagem ao passado, sem nostalgia forçada

Lançado originalmente em 1999, Amerzone passou meio batido, mesmo entre fãs de aventuras gráficas. A estética modesta e a jogabilidade travada não ajudaram. Mas havia algo especial ali — um espírito contemplativo, um mundo misterioso, uma história com alma. E é justamente isso que o remake de 2025 resgata, sem precisar repetir o passado quadro a quadro.

Esqueça tiroteios, combates frenéticos ou decisões morais de impacto global. Aqui, você assume o papel de um jornalista dos anos 50 que, ao receber uma carta de um velho explorador, embarca numa missão quase espiritual para devolver um ovo raro à lendária terra de Amerzone. E esse é só o ponto de partida.

A beleza do ritmo lento

Sim, o jogo é lento. Intencionalmente. Em vez de acelerar, ele convida você a parar, observar, investigar. Com cenários detalhados, iluminação suave e sons ambientais cuidadosamente escolhidos, Amerzone cria uma atmosfera quase hipnótica. A cada clique, você se sente mais dentro daquele universo perdido entre a natureza e o esquecimento.

A movimentação ainda é no estilo “point and click” com transições pré-renderizadas, o que pode parecer datado — e é —, mas aqui isso funciona. O ritmo da exploração favorece a introspecção. É como passear por um museu vivo, onde cada sala tem uma história contada em sussurros.

Puzzles simples, mensagem profunda

Os enigmas não são um desafio para o cérebro, mas sim uma forma de conduzir a narrativa. Há códigos para decifrar, mecanismos para ativar, páginas de diário para ler. Tudo simples, nada frustrante. A proposta não é dificultar, mas fazer você prestar atenção. No ambiente, nos sons, nas pequenas pistas visuais.

E por trás de cada cena, uma crítica sutil ao progresso desenfreado, à colonização cultural e à destruição da natureza. O jogo te mostra um paraíso em ruínas e te convida a refletir: o que é realmente progresso?

Trilha sonora que emociona

A cereja do bolo está nos ouvidos. A trilha sonora, assinada por Inon Zur, é um espetáculo à parte. Melodias suaves que surgem nos momentos certos, combinadas com os sons da floresta, da água, do vento. Nada invasivo. Apenas o suficiente para te lembrar de que, mesmo num mundo digital, ainda é possível sentir algo genuíno.

Considerações Finais

Se você é fã de aventuras clássicas, ou simplesmente quer um jogo para jogar com calma, sem pressão, Amerzone: The Explorer’s Legacy vai te agradar — e muito. Não é um remake que tenta ser “moderno” a todo custo. Ele respeita suas raízes, atualiza o que precisa e entrega uma experiência coesa, bonita e, acima de tudo, sincera.

Amerzone não quer ser o jogo do ano. Ele só quer te lembrar que o simples também pode ser mágico. E consegue — com maestria.

Pontos positivos:

  • Atmosfera única e imersiva
  • Visual artístico e bem construído
  • Trilha sonora tocante
  • História envolvente sem exageros
  • Um remake que respeita o original e inova onde importa

Pontos que podem incomodar:

  • Movimentação ainda limitada
  • Poucas interações com personagens
  • Pode ser “parado demais” para alguns jogadores

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Microids.

Confira também: THE FIRST BERSEKER: KHAZAN – Resenha

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