Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Afterlove EP, que segue um estilo de visual novel com uma avetura narrativa e que mistura tudo isso em jogo de ritmo.
Descrição do jogo:
Afterlove EP é uma mistura de romance visual, aventura narrativa e jogo de ritmo que se passa em Jacarta, a capital da Indonésia, do criador de Coffee Talk e What Comes After.
Jogue como Rama, um jovem músico com dificuldades para superar a morte da namorada, Cinta.
Enquanto os amigos próximos e colegas de banda dele estão determinados a ajudá-lo a seguir em frente, a vida de ano parou há um ano. Ele está negligenciando a música, sua saúde mental e relacionamentos.
Para dificultar ainda mais as coisas, ele está ouvindo a voz da Cinta na cabeça dele, sem saber se é um espírito ou apenas a imaginação.
Agora ele tem só um mês para se recompor!
A banda do Rama tem um show importante em um mês. Ou ele leva a arte dele a sério e entrega as novas músicas que ele está prometendo ou a banda continuará sem ele.
CARACTERÍSTICAS
- Uma nova história sentimental do mesmo criador de Coffee Talk e What Comes After.
- Uma recriação vibrante e autêntica da Jacarta moderna, na Indonésia.
- Uma mistura de aventura narrativa, romance visual e elementos de jogos de ritmo: explore, converse, faça música!
- Múltiplas possibilidades e finais: vivencie mais de 28 dias e noites e faça as escolhas que determinarão o caminho que o Rama tomará.
- Com a arte única de Soyatu, artista da Indonésia de mangá indie.
- Com uma trilha sonora original da popular banda indonésia L’Alphalpha.
Trailer Oficial de lançamento:
Informações sobre o jogo:
- Versão do jogo: PS5
- Tamanho total do jogo instalado: 2GB
- Desenvolvedora: Pikselnesia
- Distribuidora: SURPRISE ATTACK
- Gênero: Aventura, Música/ritmo
- Data de lançamento: 14/2/2025
- Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
- Possui HDR: Sim
- Ray Tracing: Não
- Multiplayer: Não
- Preço: PS5 R$: 104,90 / PC Steam R$: 59,99 / Xbox R$: 74,95 / Switch R$: 59,99












Opinião sobre o jogo Afterlove EP:
Afterlove EP chega com uma proposta ambiciosa: misturar luto, música e reconstrução emocional em um cenário urbano estilizado. Desenvolvido pela Pikslenesia após a morte de seu criador original, Mohammad Fahmi (também responsável pelo excelente Coffee Talk), o jogo se apresenta como uma homenagem, mas tropeça exatamente onde deveria ser mais firme: na experiência como um todo.

Um enredo emocionalmente denso, mas previsível
Vamos ao ponto forte primeiro: a história tem, sim, um peso emocional considerável. Rama, o protagonista, perdeu Cinta a sua namorada, parceira de vida e alma da sua banda. O luto o engole por um ano, até que ele tenta se reintegrar à sociedade e retomar seu sonho musical.
A ideia é boa. A execução, nem tanto.
Embora o jogo tente transmitir a dor do luto de forma íntima, ele escorrega em excesso de exposição e sentimentalismo forçado. A presença constante da voz de Cinta, literalmente falando com Rama o tempo todo e que se pretende simbólica, mas acaba se tornando repetitiva e, em certos momentos, sufocante. Não por causa do tema (que é importante e precisa ser discutido), mas pela forma insistente e pouco sutil com que o jogo tenta emocionar.

Um mundo pequeno para uma dor tão grande
O roteiro gira em torno de um ciclo de dias em setembro, nos quais Rama retoma contato com seus amigos e vive pequenas interações pela cidade. E aqui já começamos a ver as limitações.
Apesar de alguns personagens coadjuvantes interessantes, como o dono do café e a terapeuta, o jogo não se esforça em expandir seu universo. A cidade de Jacarta parece um cenário de papelão: está ali, mas não respira. Falta densidade, falta imprevisibilidade. As conversas parecem andar em círculos e raramente evoluem de forma orgânica.
Além disso, os NPCs são bem escritos, mas não escapam do óbvio. Cada um tem sua “lição de vida” a passar, de forma quase didática, como se estivessem ali apenas para ensinar algo a Rama, e ao jogador. Isso rouba a naturalidade das interações e transforma pessoas complexas em dispositivos narrativos previsíveis.

Mecânicas que mais atrapalham do que ajudam
Em termos de jogabilidade, Afterlove EP tenta combinar visual novel com aventura e pitadas de jogo musical. O resultado é um Frankenstein de mecânicas que não se conversam bem.
As escolhas de diálogo são superficiais e raramente trazem consequências de verdade, exceto pelos finais alternativos, que dependem mais de acumular boas ações do que de decisões realmente difíceis. Sim, há rotas românticas (inclusive com um personagem masculino), o que é sempre bem-vindo em termos de representatividade, mas tudo é tratado de forma tão rasa que perde impacto.
E o tal “ritmo”? Esqueça. As seções musicais são uma das piores partes do jogo: desnecessárias, mal implementadas e sem qualquer consequência narrativa real. Você pode tocar mal ou bem, tanto faz. É como se alguém dissesse “coloca um mini-game aí pra não ficar só texto”, e ninguém questionou.

Desempenho Técnico
O desempenho de Afterlove EP no PlayStation 5 é, em geral, estável e livre dos problemas técnicos observados em outras plataformas, como o Nintendo Switch. A versão para PS5 oferece uma experiência fluida, sem travamentos ou falhas de performance.
Contudo, a jogabilidade apresenta algumas limitações. As seções de ritmo, por exemplo, são simplificadas e podem parecer desafiadoras devido à imprecisão na detecção dos comandos, com notas registrando de forma inconsistente. Além disso, a profundidade das escolhas narrativas é restrita, o que pode impactar a imersão do jogador.
Visualmente, o jogo se destaca com uma direção de arte inspirada em mangás e uma representação autêntica de Jacarta, proporcionando uma ambientação envolvente. A trilha sonora, composta pela banda indonésia L’Alphalpha, complementa a atmosfera emocional da narrativa.
Em resumo, Afterlove EP no PS5 entrega uma experiência técnica sólida, mas com mecânicas de jogo que podem não atender às expectativas de todos os jogadores. É uma obra que se destaca mais pela sua narrativa e estética do que pela profundidade de sua jogabilidade.

Considerações Finais
Afterlove EP é aquele jogo que tem tudo para emocionar, mas se perde no caminho. A homenagem a Fahmi é honesta, mas o projeto claramente foi finalizado com pressa, sem o refinamento que uma obra tão sensível exige.
Se a intenção era criar uma experiência introspectiva e profunda, o resultado final soa raso, confuso e, em alguns momentos, pretensioso. Dá para sentir que havia um bom jogo aqui, mas ele ficou soterrado por escolhas equivocadas de design e falta de polimento técnico.
Afterlove EP tenta tocar o coração, mas desafina feio em aspectos técnicos e narrativos. Um jogo que queria ser poético, mas termina como um rascunho mal passado a limpo. A intenção era boa, só não basta!
✅Pontos Positivos
- Trama com temas relevantes (luto, recomeço, identidade);
- Representatividade afetiva nas rotas de relacionamento;
- Direção de arte e trilha sonora com bons momentos;
- Dublagem pontual e bem usada (especialmente para Cinta).
❌Pontos Negativos
- Jogabilidade desconexa e mal integrada;
- Seções rítmicas inúteis e imersão prejudicada;
- Roteiro previsível e emocionalmente desequilibrado;
- Sérios problemas de performance no Switch (com crashes no final);
- Mundo limitado e interações pouco naturais.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Pikselnesia.
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