Fala pessoal Mu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo A Game About Digging A Hole, que segue um estilo bem inusitado de ser um simulador de cavar buraco no quintal de casa kkk.
Descrição do jogo:
Cave fundo, venda o que encontrar e atualize seu equipamento para continuar sua jornada cada vez mais longe. A cada pá cheia, você chega mais perto da verdade. Sem pressa, sem regras – apenas você e a aventura subterrânea.
Custa o mesmo que um ☕ café, mas é divertido por muito mais tempo!
Trailer Oficial de lançamento:
Informações sobre o jogo:
- Versão do jogo: PS5
- Tamanho total do jogo instalado: 500MB
- Desenvolvedora: DoubleBee
- Distribuidora: rokaplay GmbH
- Gênero: Simulação, Simulador
- Data de lançamento: 09/12/2025 (Consoles)
- Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
- Possui HDR: Sim
- Ray Tracing: Não
- Multiplayer: Não
- Preço: PS5 R$: 16,90 / PC Steam R$: 16,99 / Xbox R$: 18,45 / Switch R$: 18,45
Opinião sobre o jogo A Game About Digging A Hole:
Desde que apareceu no Steam, A Game About Digging A Hole chamou minha atenção por um motivo simples: ele representa exatamente o tipo de experiência independente que muitas vezes passa longe dos consoles. Em meio a tantos jogos rotulados como “indie”, mas que mais parecem produtos descartáveis, esse título se destacava por apostar em algo absurdamente básico, cavar um buraco e ainda assim despertar curiosidade. Quando foi confirmado para o PlayStation 5, a empolgação foi imediata. E, depois de jogá-lo, posso dizer que a proposta funciona melhor do que se imagina, especialmente considerando seu preço modesto, equivalente a um café.

Muito Além de Um Simples Buraco
À primeira vista, o jogo não esconde nada: você compra uma casa por US$ 10.000 com a promessa de que há um tesouro escondido no quintal. Não há explicações, mapas ou pistas claras, apenas a certeza de que algo valioso está lá embaixo. A partir daí, o controle está totalmente em suas mãos: escolher onde cavar, como avançar e até quando parar.
O que surpreende é que essa ideia aparentemente rasa ganha camadas inesperadas. A experiência começa tranquila, quase terapêutica, mas aos poucos assume um tom mais estranho e desconfortável. Quanto mais fundo você desce, mais a sensação muda. A escuridão aumenta, o ambiente fica opressor e a curiosidade começa a se misturar com inquietação. Sem entrar em spoilers, o desfecho foge completamente do esperado e transforma algo banal em uma narrativa curiosa, absurda e, ao mesmo tempo, muito satisfatória. Cyberwave prova que até um simulador minimalista pode contar uma história interessante quando há criatividade envolvida.

Cavar é Só o Começo
O ato de cavar, por si só, é bastante prazeroso. No PS5, tudo funciona de forma simples: segurar R2 ativa a pá automática e o progresso começa. No entanto, existe uma limitação importante: o consumo de energia. Forçar demais o equipamento pode resultar em consequências nada agradáveis, criando um equilíbrio constante entre avançar mais fundo ou jogar com cautela.
Para aliviar essa tensão, o jogo oferece um sistema de melhorias eficiente. É possível aprimorar a bateria da ferramenta, aumentar a área escavada, expandir o inventário e até desbloquear novos recursos que facilitam a exploração. As gemas e minerais encontrados no subsolo não estão ali apenas como enfeite, eles são essenciais para financiar essas melhorias e manter o ciclo de progressão ativo.
A evolução é clara e gratificante. No início, cavar parece lento e pouco recompensador, com uma pá simples mal arranhando o solo. Com o tempo, tudo muda. Ferramentas mais potentes aceleram drasticamente o ritmo, e itens como o jetpack transformam o retorno à superfície em algo quase instantâneo. Cada upgrade faz diferença real, incentivando o jogador a ir cada vez mais fundo em busca de recompensas melhores.

Estilo Visual Simples, Mas Carismático
Visualmente, o jogo aposta em um estilo cartunesco que combina perfeitamente com sua proposta. As cores vibrantes e o visual despretensioso passam uma sensação acolhedora, mesmo quando o clima começa a ficar mais estranho. Não há qualquer tentativa de realismo extremo, e isso joga a favor da experiência. A simplicidade gráfica tem charme e identidade, algo que muitos títulos maiores acabam perdendo.
As animações de escavação são fluidas, especialmente ao usar equipamentos mais avançados, quando é possível ver o terreno sendo moldado em tempo real. Esse visual animado ajuda a criar uma atmosfera confortável, diferenciando o jogo de outros simuladores que buscam uma estética mais fria ou técnica.
Nem tudo é perfeito, porém. Em alguns momentos, principalmente ao se mover rapidamente ou girar a câmera, ocorrem travamentos e engasgos causados pelo carregamento de texturas. Esses problemas podem desorientar o jogador e até causar dano por quedas inesperadas. Embora não sejam constantes, são falhas perceptíveis que quebram um pouco a imersão.

Um Trabalho Sonoro Surpreendente
No quesito áudio, A Game About Digging A Hole entrega mais do que se espera. Os sons do vento ecoando nas profundezas ajudam a criar uma sensação de isolamento, enquanto os efeitos da pá e da furadeira soam convincentes e bem ajustados. Há atenção aos detalhes, como a diferença de som ao caminhar sobre terra ou pedras do quintal.
É curioso notar como um estúdio independente consegue acertar onde muitos jogos de grande orçamento ainda falham. O design sonoro contribui bastante para a ambientação, fazendo com que o jogador realmente “sinta” o espaço ao seu redor.
Curto, Mas Memorável
No fim das contas, o jogo entrega exatamente o que promete: uma experiência divertida, estranha e surpreendentemente envolvente. O preço baixo é mais do que justo para o conteúdo oferecido, e o que começa como um simples simulador rapidamente se transforma em uma busca quase obsessiva por melhorias e descobertas.
Embora alguns problemas técnicos e a curta duração deixem aquele gostinho de “quero mais”, nada disso compromete seriamente o conjunto. Quando os créditos sobem, a sensação é de que o jogo termina justamente quando você está no ritmo ideal para continuar cavando.
Considerações Finais
Em um ano forte para produções independentes, é animador ver projetos como esse ganhando espaço. A Game About Digging A Hole mostra que boas ideias não precisam ser complexas, apenas bem executadas. Vale a pena dar uma chance e descobrir até onde esse buraco pode levar. Só não tente repetir a experiência no quintal de casa.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela DoubleBee.
Confira também: Hole Digging Master – Resenha










