Anno 117: Pax Romana – Resenha

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Fala pessoal Mu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Anno 117: Pax Romana, que segue um estilo de estratégia e gerenciamento no controle do Império Romano.

Molde o Império Romano neste jogo estratégico de construção que definiu o gênero.
Construa cidades e expanda a sua influência sobre as províncias romanas.
Governe usando sua proeza econômica, habilidades diplomáticas ou poderio militar: você decide quanto vale a paz.

CONSTRUA, NEGOCIE, AMPLIE

Experimente o melhor jogo de construção e projete as cidades dos seus sonhos no auge do Império Romano. Otimize a sua economia e equilibre as necessidades do seu povo com as exigências implacáveis do imperador. Desenvolva toda a terra que você pode ver, desde a região central de Latium até os brejos celtas misteriosos de Albion, onde nenhum romano civilizado gostaria de estar.

TORNE-SE UM GOVERNADOR ROMANO

Desenvolva e amplie sua autoridade em um mundo vasto e dinâmico, com detalhes, flexibilidade e escala incomparáveis. Melhore a eficiência da sua produção e oportunidades militares ao explorar a árvore de descobertas.
Faça alianças diplomáticas por todo o império, mergulhe na intriga política ou demonstre o seu poderio em combates terrestres e navais estratégicos. Você pode até desafiar o próprio imperador, mas terá que encarar as consequências.

ESCOLHA O DESTINO DAS SUAS PROVÍNCIAS

Todas as decisões que você tomar importam. Crie seu império do zero e enfrente o verdadeiro desafio do que significa ser um grande governador. Você vai honrar a cultura celta local ou impor as tradições romanas? Escolha uma divindade para idolatria em cada ilha, inspire a fé entre o seu povo e ganhe diferentes bônus de jogo.

  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 63GB
  • Desenvolvedora: Ubisoft Mainz
  • Distribuidora: UBISOFT ENTERTAINMENT SA
  • Gênero: Estratégia
  • Data de lançamento: 13/11/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Sim (Compatível com até 16 jogadores online)
  • Preço: PS5 R$: 339,90 / PC Steam R$: 299,99 / Xbox R$: 299,95 

Opinião sobre o jogo Anno 117: Pax Romana

A Ubisoft decidiu levar sua clássica série de estratégia para o coração do Império Romano, e o resultado é Anno 117: Pax Romana, um jogo que mistura planejamento urbano, diplomacia e um toque de guerra, mas também um lembrete de que Roma não se constrói apenas com tutoriais.

Apesar da ambientação espetacular e de uma base de gameplay sólida, o modo campanha soa mais como uma introdução disfarçada, enquanto o modo sandbox rouba a cena com sua liberdade e profundidade.

Um começo promissor que perde o fôlego

A jornada começa com a escolha entre dois governadores e, sinceramente, essa decisão muda pouca coisa. O enredo inicial, centrado na reconstrução de Juliana, empolga nos primeiros minutos com boas interações e pequenas decisões morais. É o tipo de narrativa que faz o jogador acreditar que há algo grandioso à frente.

Mas esse brilho logo se apaga. O segundo capítulo até apresenta uma rival cheia de potencial, mas a história para antes de engrenar. Quando percebemos, o modo campanha já terminou e o que sobra são missões sem contexto, sem clímax e com limitações frustrantes.

No fim das contas, Anno 117 parece ter medo de mergulhar de verdade na sua própria mitologia. O modo história cumpre o papel de ensinar as mecânicas, mas carece da grandeza que o Império Romano merecia.

A verdadeira conquista está nas cidades

Se a campanha decepciona, a parte de gestão e construção é simplesmente viciante. Tudo gira em torno da logística, um detalhe que transforma cada decisão em um quebra-cabeça urbano delicioso.

Posicionar mercados, garantir armazéns por perto e manter a harmonia entre áreas residenciais e zonas industriais é um desafio que prende por horas. E há uma satisfação quase poética em ver a sua cidade prosperar, com o trigo virando pão, os trabalhadores circulando e o comércio florescendo.

Claro que nem tudo é perfeito: alguns recursos demoram demais para girar, e um deslize econômico pode atrasar todo o progresso. Ainda assim, a sensação de evolução é constante e incrivelmente recompensadora.

Povo, classes e dilemas imperiais

Um dos acertos do jogo está na forma como trata o povo. Cada cidadão pertence a uma classe social, e cada função exige um tipo específico de trabalhador. Plebeus, libertos, patrícios todos precisam coexistir para que a economia não colapse.

Pequenos eventos também dão um toque de humanidade à administração: decisões sobre festivais, pedidos do povo, ou dilemas morais simples. Eles não mudam o rumo da história, mas ajudam a criar o clima de uma Roma viva e pulsante.

O problema é que a interface não acompanha essa complexidade. Informações importantes ficam escondidas e o gerenciamento nem sempre é intuitivo. É o tipo de obstáculo que te faz sentir mais como um escrivão do Senado do que um verdadeiro governador.

Roma precisa de guerra, mas não assim

Diplomacia, presentes, tratados, ameaças… tudo isso funciona bem. Mas quando chega a hora do combate, Anno 117 tropeça. As unidades são poucas, o controle é travado e as batalhas carecem de emoção.

Sim, o foco é a economia, não a guerra mas o Império Romano merecia conflitos mais estratégicos, com mais variedade e menos frustração. Quando suas tropas empacam em um morro digital e demoram para reagir, o encanto vai embora.

Sandbox: onde Roma realmente brilha

É no modo sandbox que o jogo mostra todo o seu potencial. Aqui, a Ubisoft acerta em cheio. A liberdade é total: dá para ajustar regras, escolher inimigos e transformar cada ilha em um pequeno império particular.

O sistema de comércio e as disputas por território criam um ritmo empolgante e imprevisível. É o tipo de experiência que você promete “jogar só mais 10 minutos” e, quando vê, já está planejando rotas marítimas às 3 da manhã.

Mesmo que as tarefas secundárias se tornem repetitivas, a liberdade e a complexidade do sandbox fazem dele o verdadeiro coração de Anno 117.

Considerações Finais

Anno 117: Pax Romana é um jogo de contrastes. Sua base de gameplay é inteligente, viciante e profundamente satisfatória, mas sua campanha é rasa e termina antes de conquistar o coração do jogador.

Ainda assim, o que ele oferece no modo sandbox é mais do que suficiente para garantir horas de planejamento, intriga e crescimento urbano. É um banquete para quem ama o gênero de estratégia e quer sentir o peso (e o prazer) de comandar Roma.

Não é o auge da franquia, mas é um novo e promissor capítulo de uma série que ainda sabe como manter seu legado vivo.

  • Mecânicas de construção e logística profundas e gratificantes
  • Diplomacia funcional e comércio envolvente
  • Modo sandbox completo e cheio de liberdade
  • Campanha curta e sem impacto narrativo
  • Interface pouco intuitiva em alguns momentos
  • Combate raso e mal polido

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Ubisoft Brasil.

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