Next of Kin: Fidelity – Resenha

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Fala pessoal Mu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Next of Kin: Fidelity, que é a sequencia do jogo Next of Kin e que segue um estilo de aventura.

“Em Next of Kin: Fidelity, você acompanha Bjorn, um homem assombrado por um passado que se recusa a deixar para trás. Um único evento de sua infância ainda o persegue como uma sombra.

Todas as noites, ele acorda encharcado de suor, preso no mesmo pesadelo repetidamente. Mas o que o assombra – e como, ou quem, pode libertá-lo?

Como jogador, você é incentivado a explorar cada canto do mundo. Quanto mais você interagir com o ambiente, mais peças da história você descobrirá.

Next of Kin: Fidelity é uma jornada profundamente emocional com duração de 2 a 4 horas, com pixel art, música ambiente e um forte foco na narrativa.

Principais Características:

  • Uma história agridoce com uma mistura de comédia e temas maduros
  • Apresenta vários finais, dependendo das suas escolhas
  • Encontre pistas, resolva quebra-cabeças e descubra a verdade sobre o passado de Bjorn
  • Uma trilha sonora original que realça o ritmo da história
  • Projetado para ser uma experiência curta, mas envolvente”
  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 300MB
  • Desenvolvedora: Spelkväll Games
  • Distribuidora: Robin David Cocks trading as Spelkväll Games
  • Gênero: Aventura
  • Data de lançamento: 24/10/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 45,50 / PC Steam R$: 26,49 / Xbox R$: 29,95 / Switch R$: 43,99

Opinião sobre o jogo Next of Kin: Fidelity

Nem todo jogo precisa gritar para ser ouvido. Next of Kin: Fidelity, sequência direta do título de 2024 da Spelkväll Games, tenta justamente o contrário: falar sobre dor, perda e culpa em um tom sussurrado e, por vezes, inaudível. É uma obra que parece querer tocar o jogador em profundidade, mas se perde na tentativa de transformar sua fragilidade emocional em algo interativo.

Entre o sonho e o tédio

A história gira em torno de Bjorn, um homem que vaga entre lembranças de infância, sonhos recorrentes e encontros sem propósito. A proposta é clara: costurar presente e passado para retratar como o trauma molda a vida adulta. No entanto, o que poderia ser uma viagem íntima e simbólica acaba se transformando em uma sucessão de cenas que não comunicam muito além do que o texto já diz.

A abertura, com uma sequência espacial intensa, promete um mergulho no subconsciente. Porém, logo que o personagem desperta, a imersão evapora. As transições entre sonho e realidade são abruptas e, em vez de criar mistério, geram confusão. A narrativa tenta sustentar o drama com longos diálogos introspectivos, mas o ritmo e a falta de contexto enfraquecem o impacto.

Quando o texto carrega o peso do jogo

O problema central de Next of Kin: Fidelity não é sua história que isoladamente, até funciona como um conto sobre luto e autodescoberta, mas a forma como ela é apresentada. O jogo parece ignorar o potencial do próprio meio. A interatividade, em vez de intensificar a experiência, a dilui. As ações do jogador se resumem a observar objetos que pouco ou nada acrescentam, ou a ouvir o protagonista repetir que “não há nada a fazer”.

Visualmente, o título sofre com uma direção de arte inconsistente. Os elementos em pixel art variam de qualidade, os cenários são copiados e colados sem intenção aparente, e a ambientação carece de identidade. É como se o mundo do jogo tivesse sido montado às pressas, sem a preocupação de transmitir emoção por meio das imagens, uma falha grave em um projeto que depende tanto de atmosfera.

Entre o que se sente e o que se vê

Os aspectos técnicos não ajudam: bugs visuais, menus lentos e a ausência quase total de sons deixam a experiência sem vida. Mesmo o silêncio, que poderia ser usado como recurso narrativo, soa acidental. Tudo parece mecânico, um esqueleto de boas intenções preso dentro de um corpo inacabado.

E isso torna inevitável uma reflexão: se a força de Next of Kin: Fidelity está em sua escrita, por que transformá-lo em jogo? Talvez como romance digital ou visual novel ele tivesse espaço para florescer. No formato atual, porém, cada parte que não sustenta o texto apenas enfraquece o que ele tenta comunicar.

Considerações Finais

Há uma sensibilidade real no coração de Next of Kin: Fidelity. A forma como aborda o luto e as cicatrizes invisíveis da vida humana é genuína, mas a execução não acompanha a intenção. O que poderia ser um retrato poético da dor acaba parecendo um rascunho de algo que não encontrou o formato certo.

Next of Kin: Fidelity é um jogo com alma de conto e corpo de protótipo. Toca em temas humanos e sinceros, mas falha em transformá-los em uma experiência envolvente. Fica a sensação de que a história merecia um palco melhor, talvez um livro, talvez um sonho do qual valesse a pena acordar.

  • Narrativa envolvente e emocional
  • Visual retrô com charme nostálgico
  • Boas sequências ambientadas no espaço
  • Jogabilidade simples e limitada

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Spelkvall Games.

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