Blood of Mehran – Resenha

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Fala pessoal Mu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Blood of Mehran, que segue um estilo de ação e aventura e que lembra bastante há ambientação da série Prince of Persia.

Blood of Mehran conta uma história de amor, perda e lealdade, retirada dos contos das “Mil e uma noites”.

O lendário guerreiro Mehran aposenta sua espada em busca de paz, mas a sua existência tranquila é destruída pela cruel ambição de outras pessoas, deixando-o com nenhuma opção senão empunhar sua espada mais uma vez.

Abra caminho meio aos inimigos, escolhendo suas armas de uma grande variedade de combinações:

  • Espada e escudo
  • Espadas duplas
  • Arco e flecha
  • Ou passe despercebido como um fantasma, graças a mecânicas de furtividade e cobertura.

Explore uma recriação realista da antiga Mesopotâmia. Atravesse vastos desertos e ruas movimentadas da cidade. Revire o mundo em busca de coletáveis e segredos. Suba de nível e evolua pela árvore de habilidades, ampliando o poder lendário do seu herói.

  • Sistema de combate de ação recompensador
  • Experimente os modos de furtividade, à distância e de montaria
  • Explore um mundo repleto de maravilhas e coletáveis
  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 17GB
  • Desenvolvedora: Permanent Way Entertainment
  • Distribuidora: BLOWFISH STUDIOS
  • Gênero: Ação
  • Data de lançamento: 07/10/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 202,50 / PC Steam R$: 73,99 / Xbox R$: 74,95 

Opinião sobre o jogo Blood of Mehran:

Há jogos que conquistam logo de cara e há Blood of Mehran. A nova aposta da Permanent Way, publicada pela Blowfish Studios, começa tropeçando onde mais importa: na apresentação. As cutscenes iniciais são toscas, as animações parecem incompletas e a sequência de abertura, que deveria empolgar, é um desfile de texturas atrasadas e golpes sem peso.
O combate inicial, que funciona como tutorial, mais confunde do que ensina: você ataca sem saber se acertou, e só percebe o dano quando a barra de vida do inimigo cai. Não é o melhor jeito de causar uma boa primeira impressão.

O deserto é mais bonito que seus habitantes

Curiosamente, o que Blood of Mehran tem de mais bonito está no pano de fundo, e não nos personagens. Os cenários inspirados na antiga Mesopotâmia são de encher os olhos, dunas, templos, ruínas e paisagens que carregam um charme exótico raro nos games atuais.
Já os rostos humanos, as animações e as cutscenes parecem saídos de uma geração passada. Texturas demoram a carregar, sombras piscam, e alguns closes beiram o involuntariamente cômico. Ainda assim, há algo de genuíno na tentativa do estúdio em contar sua história de forma totalmente animada e dublada, mesmo com recursos limitados.

Um hack and slash à moda antiga

No que diz respeito à ação, Blood of Mehran se aproxima de um resgate nostálgico. Em vez de seguir a fórmula dos soulslike, ele aposta em um estilo direto, lembrando os velhos tempos de God of War, Ninja Gaiden e Devil May Cry.
O combate, embora falho em impacto e peso, é honesto e possui personalidade. As lutas são rápidas, com direito a diferentes armas, ataques especiais e momentos que lembram Ghost of Tsushima, especialmente no sistema de cura e na fluidez dos movimentos.
O problema está na repetição: inimigos pouco variados, seções que se estendem mais do que deveriam e checkpoints mal posicionados. Há também passagens que parecem punir o jogador mais pela paciência do que pela habilidade, com longos tempos de carregamento e cutscenes que não podem ser puladas.

O velho ciclo da vingança

A história tenta ser épica, mas acaba caindo no clichê mais batido do gênero: herói tem sua família assassinada e parte em busca de vingança. É um enredo previsível, contado sem grandes surpresas, que não aproveita o potencial cultural e mitológico da ambientação.
Falta carisma aos personagens e profundidade ao roteiro e as falhas técnicas das cutscenes só reforçam a sensação de que há boas ideias soterradas por limitações orçamentárias.

Uma jornada que cansa

A linearidade é uma faca de dois gumes. Por um lado, é refrescante jogar algo tão direto e sem distrações. Por outro, Blood of Mehran sofre com um ritmo irregular. Há bons momentos de ação seguidos de trechos arrastados e mal planejados, como se o jogo insistisse em testar a paciência do jogador até o limite.
A última fase, em especial, é um verdadeiro teste de resistência: arenas longas, inimigos apelões e checkpoints mal distribuídos. O resultado é uma experiência que, embora curta, parece durar muito mais do que deveria.

  • Cenários belíssimos e atmosfera mesopotâmica pouco explorada.
  • Estilo hack and slash clássico, sem pretensões de ser um soulslike.
  • Combate único, com boas ideias e certa variedade de armas e habilidades.
  • Trilha sonora competente e ambientação imersiva.
  • Cutscenes e personagens humanos visualmente datados.
  • Falta de impacto nas animações e nos golpes.
  • Longos tempos de carregamento e checkpoints mal posicionados.
  • História genérica e narrativa previsível.
  • Problemas técnicos com conquistas e performance.

Considerações Finais

Blood of Mehran é um caso curioso de ambição que supera o próprio orçamento. É falho, sim e muitas das vezes frustrante, às vezes encantador, mas nunca desonesto. Há paixão no projeto, e ela transparece mesmo sob camadas de poeira técnica.
Para quem sente falta dos velhos tempos dos hack and slash lineares e não se importa com um acabamento rústico, há valor aqui. Não é um jogo para todos, mas pode ser uma descoberta interessante para quem gosta de encontrar beleza nas imperfeições.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela BLOWFISH STUDIOS.

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