20 Metroidvanias indispensáveis no currículo de qualquer gamer!

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Com toda a expectativa, chegada e entusiasmo em torno de Hollow Knight: Silksong, ficou evidente que um grande hype passageiro tomou conta do estilo metroidvania, ou a comunidade está aos poucos retomando um grande interesse no gênero, como houve no passado.

Pensando nisto, a equipe GTG preparou uma lista com horas de avaliação própria e pesquisa om base em critérios de gameplay, inovação, história, trilha sonora, gráficos e impacto na comunidade, trazendo a vocês uma lista com os 20 títulos Metroidvania que são indispensáveis em qualquer currículo gamer e que, se você tomou gosto pelo gênero, não pode deixar de jogá-los!

Antes de mais nada, vamos à definição do que é um Metroidvania:

Metroidvania é a definição de um subgênero de jogos de ação e exploração em 2D onde suas principais características são a exploração não linear, progressão baseada em aquisição de habilidades, backtracking e ênfase na descoberta. Não é uma regra, mas um Metroidvania pode incluir, além das características principais, elementos de RPG (como evolução de habilidades e estatísticas) e de Soulslike (desafio elevado e combate estratégico).

Sem mais delongas, confira abaixo a lista que não foi organizada em ranking. Esta lista reúne o que nosso critério se baseou em excelência de roteiro, tema e dramatização, dificuldade, gráficos e som:

  • Super Metroid (SNES, 1994) — O pai da matéria! A síntese perfeita que explica o gênero. Um divisor de águas no design de jogos, com sua progressão genial e atmosfera cinematográfica (antes do 3D) onde não é necessário texto pra expressar todos os fatos e ações do decorrer do jogo. A trilha sonora experimental de Kenji Yamamoto e Minako Hamano dão o toque sombrio e alienígena perfeito com cada área tendo sua identidade própria neste quesito. O jogo claramente tem suas inspirações em Alien, mas acredito que a nave de Samus Aran seja bem semelhante à do filme “O Vôo do Navegador”. Sem Super Metroid, Castlevania: Symphony of the Night, Hollow Knight e muitos outros não existiriam.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – SNES (original via cartucho), SNES Classic Edition, Nintendo Switch Online (serviço de assinatura) e Emulação via ROM (PC).
  • Castlevania: Symphony of the Night (PS1, 1997) — Curiosamente, um dos títulos que junto à Super Metroid definem e consagram o gênero “Metroidvania”. SotN não foi um título que inicialmente vendeu muito, mas virou lenda com o tempo. O título marcou a saída de uma franquia presa em linearidade e padrão limitado para um mapa inteiro interconectado, aberto à exploração, cheio de segredos, atalhos e upgrades, além da ação brutal perfeitamente equilibrada entre o combate técnico e ação rápida. Sem falar na trilha sonora de Michiru Yamane que se tornou lendária e no carisma do personagem Alucard, personagem que quebrou o estereótipo clássico de herói, num personagem frio, elegante e trágico, filho do próprio Drácula — lutando contra o pai pra conter o mal da própria linhagem. Podemos dizer que SotN conquistou pra si um charme cult que envelheceu com elegância absurda.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – PS1 (original via disco), Sega Saturn (original, versão exclusiva Japão), Xbox (versão original Xbox 360 em disco e disponível digitalmente para Xbox One & Series X/S), PlayStation (Versão PS3 digital no catálogo PSone Classic da PSN e Castlevania Requiem: Symphony of the Night & Rondo of Blood versão digital para PS4/PS5), iOS e Android (versão oficial portada para mobile com emulação, suporte a controles, saves etc.)
  • Hollow Knight (PC e consoles, 2017) — Hollow Knight se consolidou como um dos maiores sucessos modernos do gênero Metroidvania, não apenas por sua qualidade intrínseca, mas também pelo seu impacto no mercado e sucesso de crítica e público. O jogador é impactado pela gameplay durante toda a experiência. O jogo não indica qual é o próximo objetivo. Há quase total liberdade para explorar o mapa, e em poucos momentos é necessário evoluir o personagem para avançar. Hollow Knight testa a destreza do jogador em combates contra chefões e na superação de diversos desafios ambientais espalhados pelo vasto mundo de Hallownest. O mundo de Hallownest é interconectado e vasto. São necessárias muitas horas para terminar e até platinar o jogo. Há uma grande variedade de caminhos secretos, atalhos e áreas que só são acessíveis ao adquirir novas habilidades. A progressão real se dá no enfrentamento de Chefões e Sub-chefões, ficando poucos upgrades disponíveis através de compra ou descoberta. Há hoje disponível na internet uma infinidade de guias e estratégias para facilitar a progressão do game e enfrentamento dos Chefões, mas há quem declare que o fator dificuldade genuíno do game está no enfrentamento franco do jogo, sem uso de guias. Há builds conhecidas para diversos momentos do game, mas muitos chefes podem ser vencidos sem elas, apenas na habilidade de quem se propor à aprender padrões e timing.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Em todas as plataformas ativas de hoje: PC, PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch 1 & 2.
  • Ori and the Will of the Wisps (PC / Xbox One & Series X/S / Switch, 2020) — O melhor da franquia e aqui nesta lista, figura também como o representante dela. Ele representa uma evolução significativa da fórmula estabelecida no primeiro jogo, como um Metroidvania moderno, com exploração 2D, narrativa ambiental e combate refinado. O gameplay tem um combate variado, com ataque corpo a corpo fluido e suas magias e habilidades diferenciadas e pontuais, tornando algumas bem estratégicas na progressão do game. A história é contada principalmente por ambiente e música, mantendo o jogador imerso no mundo, com temas de perda, esperança e reconstrução. As animações são bem detalhadas, o que acreditamos ser um ponto de destaque na experiência de gameplay. A maioria dos jogadores que conhecem a franquia consideram este o melhor considerando entre diversos fatores, a profundidade de exploração e a dificuldade justa como pontos impactantes. O papel da trilha sonora no jogo é exemplar: ela abraça e define tão bem todas as situações, num trabalho excepcional de Gareth Coker. Coker também trabalhou em Blind Forest, mas aqui ele expandiu ainda mais a orquestração, criando temas para cada região com riqueza emocional. A qualidade do trabalho ainda é reforçada por uma orquestra completa, sem instrumentação digital.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam & Microsoft Store), Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch (com melhorias gráficas).
  • Bloodstained: Ritual of the Night (PC e consoles, 2019) — Muitas vezes considerado um sucessor espiritual de Castlevania: Symphony of the Night. Embora sempre exista um título do gênero que se inspire em SotN, o trabalho de Koji Igarashi é o que mais se aproxima em essência, afinal ele trabalhou na série Castlevania, sendo o responsável por Symphony of the Night e outros clássicos da franquia. Por isso alguns jogadores, em algum momento, se perguntaram “E se SotN fosse assim?”. O objetivo de Igarashi foi reviver e modernizar o espírito de SotN, trazendo gráficos e mecânicas atualizadas, mantendo a essência clássica que ele ajudou a criar. Ele expandiu e enriqueceu a exploração e os segredos do mapa, oferecendo rotas variadas. Isso aumentou o fator de rejogabilidade, permitindo que os jogadores experimentem o game de formas diferentes a cada partida. Enriqueceu o sistema de progressão das habilidades através do Sistema de Shards absorvendo poderes inimigos. Aprimorou o combate corpo à corpo e magias com buff e debuffs combináveis, dando uma variedade e profundidade ao gameplay e deu aos Chefões múltiplos padrões, além de determinar recompensas estratégicas, reforçando o aprendizado e sensação de conquista. Aqui a história não tem grande protagonismo na experiência, o foco está no gameplay.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Em todas as plataformas ativas de hoje: PC (Steam & Microsoft Store), PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch 1.
  • Dead Cells (PC e consoles, 2018) — Metroidvania com elementos de roguelike, o título conquistou os amantes do gênero principalmente por sua mecânica. O combate ágil e responsivo é muito fluido no combate corpo à corpo, armas à distância e magias exigindo bom nível de reflexos. Exploração não-linear com mapa gerado proceduralmente, fazendo com que atalhos e segredos mudem a cada nova incursão. Porém entre tentativas, você desbloqueia armas, habilidades e upgrades permanentes, mantendo o senso de evolução típico de Metroidvania. Ele foge do tradicional, tornando-se um dos gameplays mais interessantes nesta lista. Tornou-se referência para títulos que procuram adotar combinação de Metroidvania + roguelike, mostrando que essa experiência altamente rejogável e desafiadora tende a evoluir o gênero sem perder a essência. Dead Cells não segue uma narrativa tradicional com diálogos ou cutscenes. Sua história é contada pelo design dos níveis, pelos inimigos e pelos ambientes, permitindo que o jogador interprete os acontecimentos por si mesmo. Em um mundo de fantasia sombria, com castelos, florestas corrompidas, masmorras e criaturas mutantes, pelo fator do jogo ter geração procedural do mapa, a cada tentativa a sensação também é de sobrevivência. Tem uma das platinas mais desafiadoras do gênero com cerca de 70 a 120 horas de jogatina.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Em todas as plataformas ativas de hoje: PC (Steam & Epic Games Store), PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series X/S, Nintendo Switch, Smatphones iOS & Android e através do catálogo Netflix)
  • Metroid Dread (Nintendo Switch, 2021) — Sucessor legítimo dos clássicos Metroid 2D, o título conclui a linha narrativa de Metroid Fusion, mantendo a essência de exploração e progressão baseada em habilidades. Metroid Dread é um exemplo contemporâneo do gênero Metroidvania, mantendo exploração, progressão e combate precisos, mas introduzindo tensão e inovação com inimigos quase invencíveis, mecânicas modernas, gráficos atualizados e narrativa ambiental envolvente, consolidando a franquia como referência de excelência em Metroidvanias 2D modernos.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Exclusividade da plataforma Nintendo Switch
  • Guacamelee! (PS3 / PS Vita, 2013) — Ganhou lugar na lista devido principalmente à sua originalidade. Uma mistura de Metroidvania com ação/beat ’em up, Guacamelee! não é tão “sombrio” ou profundo quanto Hollow Knight ou Bloodstained por exemplo, mas é extremamente sólido em gameplay, originalidade e design de mapas. Ele representa uma vertente leve e criativa do gênero, mostrando que Metroidvania não precisa ser só dark fantasy ou hard core para ser excelente. Mecânicas de plataforma e transformação dão originalidade e tem uma curva de dificuldade balanceada, mesmo oferecendo desafios estratégicos em combate e platforming. Sua temática mexicana/lucha libre com humor e narrativa leve e pixel art estilizada com cores vibrantes e animações detalhadas conquistam fácil os fãs do gênero. Tem uma gameplay bem humorada e divertida!
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store & Amazon Luna), PlayStation 4 (Super Turbo Championship Edition, versão PS5 retrocompatível), Xbox One & Series X/S (Super Turbo Championship Edition) e Nintendo Switch.
  • Ender Lilies: Quietus of the Knights (PC / Switch, 2021) — Na era dos Metroidvanias modernos, Ender Lilies equilibra exploração, combate estratégico, estética sombria e trilha sonora marcante, sendo uma referência para jogos do gênero com forte identidade própria e experiência emocional envolvente. Sua mecânica propõe que a personagem Lilly não ataque diretamente; ela invoca “espíritos guerreiros” que lutam por ela. Nisto se destacam a probabilidade de combos, esquivas e evolução de habilidades, fazendo da jogabilidade algo bem dinâmico, fácil de assimilar e jogar. A trilha sonora composta por Miyake Harumi, reforça a atmosfera de desolação e melancolia e considero uma das mais belas vistas em jogos do gênero. A faixa “Harmonious” é a mais marcante, provavelmente. Os gráficos são belos e a direção de arte do game é fantástica, criando ambientes belos e únicos. Em alguns detalhes de exploração e desafio contra chefões, muito se assemelha à Hollow Knight. Embora em jogabilidade, sua continuação Ender Magnolia: Bloom in the Mist seja mais refinada e aprimorada, não superou o impacto e profundidade que o Ender Lilies tem à esta lsta.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Em todas as plataformas ativas de hoje: PC (Steam), PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch.
  • Iconoclasts (PC / PS4 / PS Vita / Switch, 2018) — Geralmente, você pode encontrar a citação do jogo em listas de “indies metroidvania” espalhadas pela internet. Porém Iconoclasts é um título de respeito, provavelmente um cult. Um dos Metroidvanias mais pessoais e autorais já feitos, o jogo foi desenvolvido quase inteiramente por uma única pessoa, Joakim Sandberg. O título combina ação precisa, puzzles inteligentes e uma narrativa surpreendentemente densa. A história, embora envolta em estética colorida e visual de desenho animado, traz tons filosóficos e emocionais sobre fé, propósito e liberdade — uma complexidade que poucos títulos do gênero tentaram alcançar. Tem level design coeso e bem conectado, com ênfase em backtracking intuitivo e chefes criativos e variados, lembrando a escola clássica de Metroid Fusion. A trilha (sonoramente energética e nostálgica) foi totalmente composta pelo próprio Sandberg. Iconoclasts não foi um sucesso de vendas e não teve um alcance notável como varios aqui desta lista, mas conquistou respeito genuíno entre críticos e entusiastas, como um exemplo de dedicação e visão criativa pura.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store & GOG), PlayStation 4 & PlayStation 5 (versão retrocompatível), Xbox One & Series X/S (versão retrocompatível) e Nintendo Switch.
  • Salt and Sanctuary (PC / PS4 / PS Vita, 2016) — Uma fusão visceral entre Metroidvania e Soulslike, Salt and Sanctuary é uma obra-prima artesanal da Ska Studios. O jogo mergulha os jogadores em uma ilha amaldiçoada, onde a exploração meticulosa e o combate desafiador se entrelaçam com uma narrativa sombria e atmosférica. Com gráficos em arte 2D desenhada à mão que evoca uma sensação de horror gótico, o jogo tem sua personalidade. Sistema de batalha que exige precisão e timing, num combate fluído, mas estratégico. Tem uma boa profundidade RPG com ampla personalização de personagens, com diversas classes, habilidades e equipamentos. Em se tratando de jogabilidade, vemos a dificuldade dele como a de Hollow Knight, o que acaba fazendo dele um unicórnio branco e reluzente que entrega uma platina rara, inclusive. O jogo é mais de nicho, mas tem peso e relevância para estar na lista.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store & GOG), PlayStation 4 & PlayStation 5 (versão retrocompatível), Xbox One & Series X/S (versão retrocompatível) e Nintendo Switch.
  • The Messenger (PC / Nintendo Switch, 2018) — The Messenger se destaca pela sua mistura de gêneros dentro do Metroidvania. Com grande qualidade técnica e pelo seu humor inteligente, é um dos indies mais importantes do gênero nos últimos anos. Com uma jogabilidade fluida e desafiadora, o game combina saltos precisos, combate ágil e com inovação, apresenta transição entre duas eras do mapa (8-bit e 16-bit), criando variedade e dinamismo, o que veio a influenciar títulos posteriores. The Messenger tem como alguns dos destaques, seus mapas bem desenhados, backtracking inteligente e a trilha sonora que acompanha a alternância entre os estilos 8-bit e 16-bit, reforçando atmosfera, ritmo e sensação de progressão. Seus gráficos remetem a clássicos da era NES e SNES, mas com um certo refinamento moderno. Essa receita rendeu à Sabotage Studio, o prêmio de “Melhor Jogo Indie de Estreia” no The Game Awards. Como a maioria dos títulos aqui, é fácil de aprender, difícil de dominar, e sempre gratificante. As pequenas cutscenes e diálogos criativos dão leveza, tornando o jogo divertido e memorável e sua platina é satisfatória, mesmo exigindo replay parcial do jogo, não chega a ser frustrante, e recompensa a atenção aos detalhes.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store & GOG), PlayStation 4 & PlayStation 5, Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch.
  • Axiom Verge (PC / PlayStation 4, 2015) — Alguns consideram que o título é uma homenagem direta a clássicos como Metroid, mas com inovações próprias que o tornam um título único dentro do gênero. Criado quase inteiramente por Thomas Happ, muitos definem que esteticamente Axiom Verge é muito semelhante à Metroid/Super Metroid, mas acredito que Happ tenha ido além aderindo também ao estilo biomecânico, rememorativo do trabalho de H.R. Giger, especialmente em certos ambientes, inimigos e arquitetura alienígena. Porém, com mecânicas próprias e trilha sonora autorais, tornou-se uma obra indie que homenageia sem copiar.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store & GOG), PlayStation 4 & PlayStation 5, Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch.
  • Laika: Aged Through Blood (PC e consoles, 2024) — Apesar de ser um título recente, Laika: Aged Through Blood é reconhecido por sua identidade artística única e mecânica de movimentação diferenciada, ganhando nesta lista seu lugar de referência. A protagonista se desloca principalmente sobre uma motocicleta, o que transforma a exploração e o combate, criando uma experiência fluida, rápida e recompensadora. “O primeiro Motorvania da história” entrega uma jogabilidade inovadora, adicionando uma dinâmica inédita ao gênero. O combate traz mecânicas precisas, inimigos variados e desafios que exigem estratégia e leitura dos padrões de ataque. Sua história conta uma aventura pós-apocalíptica sombria e atmosférica, abordando temas de amadurecimento, sobrevivência e perseverança e permite-se em alguns momentos, leveza com diálogos bem humorados. A trilha sonora tem parte composta por Beatriz “Beícoli” Ruiz-Castillo, a.k.a Beícoli, casa como luva em diversos momentos e situações do game, além de ter a compositora citada na história de maneira divertida. Uma história que conquista o coração de qualquer um.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store & GOG), PlayStation 4 & PlayStation 5, Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch.
  • La-Mulana (PC, 2005) — La-Mulana é um clássico cult. Originalmente criado como um jogo freeware para PC, rapidamente se tornou cultuado por sua dificuldade elevada, exploração profunda e estilo retrô. Segue a risca a receita Metroidvania e destaca-se através do seu combate desafiador, puzzles intricados e chefes exigentes, recompensando habilidade e persistência. Os metroidvanias mais casca-grossa desta lista, certamente foram influenciados por ele. A história do jogo é contada de forma indireta, focada em arqueologia, ruínas antigas e mistérios, incentivando você à descobrir tudo sozinho e isto também é desafiados em mapas complexos, de múltiplas rotas, segredos e armadilhas que exigem atenção a dicas e leitura cuidadosa dos ambientes. Tem uma temática meio Indiana Jones, emula o visual dos jogos de MSX e replica fielmente a linguagem visual e as limitações técnicas da época, o que ajuda na imersão arqueológica. A trilha sonora de La-Mulana é uma das maiores responsáveis pela aura misteriosa e quase mística do jogo. Composta por Shinroku Morimoto (Shin-Chan) e Samieru (Samieru Yamada), é fortemente inspirada nos sons de chips FM dos anos 80, especialmente do MSX e do PC-98.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Na forma do remake de 2012, você encontra nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store & GOG), PlayStation 4 & PlayStation 5, PlayStation Vita e Nintendo Switch.
  • Blasphemous II (PC e consoles, 2023) — A sequência mantém a essência do primeiro, mas corrige suas arestas — o level design é mais fluido, a movimentação do Penitente é mais precisa, e o combate ganhou variedade de armas e estilos (espada, censer e rapier). Blasphemous já era uma obra de arte e um casamento puro de Castlevania com Dark Souls, e sua sequência aprimora a excelência, representando a forma plena do conceito. A sequência conta com o retorno de Carlos Viola como compositor que entrega uma das trilhas mais elogiadas do gênero nos últimos anos. Tem um gameplay refinado e mais acessível que o primeiro, sem perder o desafio. Alguns acreditam que Blasphemous II é um dos melhores metroidvanias pós-Hollow Knight, frequentemente lembrado ao lado de Bloodstained e Ori.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store & GOG), PlayStation 5 & PlayStation 4 (com retrocompatibilidade total), Xbox Series X/S & Xbox One (com retrocompatibilidade total) e Nintendo Switch.
  • Cave Story (PC, 2004) — Se você nunca ouviu falar nele, saiba que Cave Story é um dos pilares fundamentais do gênero moderno, essencial em qualquer lista que pretenda discutir a representatividade do gênero metroidvania de forma histórica e técnica. Ele não apenas influenciou dezenas de títulos posteriores, como Hollow Knight, Axiom Verge e Ori, mas também mudou o cenário dos jogos independentes como um todo. Criado inteiramente por uma única pessoa, Daisuke “Pixel” Amaya, ao longo de cinco anos, e lançado de forma gratuita no Japão. Surgiu antes do “boom indie” e podemos até considerar ele o ponto de virada da cena que inspirou toda a onda de metroidvanias indie dos anos 2010.Tem toda a receita metroidvanis, com física precisa e combate por tiro bem fluído, sem largar mão de um equilíbrio perfeito entre dificuldade e progressão. Há batalhas memoráveis contra alguns chefes, colocando-as no mesmo patamar de embates de outros gêneros AAA. A trilha composta pelo próprio Amaya, usando chiptune puro, é uma das trilhas mais icônicas do gênero, misturando melodias melancólicas e temas de ação energéticos, sendo lembrada até hoje como uma das melhores da era indie. O tema “Balrog’s Theme” e a música da área “Grass Town” são marcos nostálgicos entre fãs. O visual em pixel art é simples, até lembra jogos cozy platform, mas não se engane, seu visual é cheio de personalidade e identidade, com design limpo e expressivo. Se você gosta do gênero, tem obrigação de jogar este título. Ele é o elo entre o passado (Super Metroid, Castlevania) e o presente (Hollow Knight, Ori, Axiom Verge), sendo o fundamento de toda a cena independente que redefiniu o gênero.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam, Epic Games Store, GOG & Itch.io), Nintendo Switch, macOS & Linux, NIntendo 3DS (Cave Story 3D).
  • Souldiers (PC e consoles, 2022) — Mais um título dos metroidvanias modernos que combina exploração em mundo interconectado com combate desafiador estilo Souls. Desenvolvido pelo estúdio espanhol Retro Forge, o jogo se destaca por trazer classes jogáveis únicas — Explorador, Arqueiro e Mago — cada uma com habilidades próprias, o que dá variedade e estratégia ao gameplay. O jogo é desafiador, exigindo atenção aos padrões de ataque dos inimigos e uso inteligente de esquivas e habilidades, mas permite ajustar o nível de dificuldade para jogadores mais casuais. Ambientado em Terragaya, Souldiers acompanha um grupo de soldados que, após a morte, se veem presos nesse mundo desconhecido. A narrativa é entregue de forma ambiental e através de diálogos, mantendo o foco na exploração e no combate. E isso se torna mágico na representação dramática e estilo pixel art detalhada em 16-bit, remetendo a clássicos como Chrono Trigger e Secret of Mana. Suas animações fluidas e cenários ricos, dão uma sensação nostálgica, porém moderna. A música acompanha o clima do jogo, reforçando a atmosfera épica e sombria, com temas que intensificam a sensação de desafio e aventura.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam & GOG), PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch.
  • Dust: An Elysian Tail (Xbox 360, 2012) — Dust é um metroidvania indie que se destaca por sua identidade visual única, com gráficos que parecem pinturas em movimento, aliados a animações fluidas e detalhadas. O combate é ágil e satisfatório, permitindo combinações de ataques e habilidades especiais, enquanto a exploração do mundo interconectado é recompensadora e bem estruturada. A narrativa acompanha Dust, um herói amnésico, em uma jornada de autodescoberta e combate ao mal, com diálogos simples mas envolventes, reforçados por uma trilha sonora marcante e emotiva que intensifica a atmosfera do jogo. Por sua excelência em gameplay, arte, história, música e inovação no gênero, é mencionado em diversas listas que discutem o gênero e seus grandes representantes.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam & GOG), PlayStation 4 (PS5 via retrocompatibilidade), Nintendo Switch e iOS.
  • Record of Lodoss War: Deedlit in Wonder Labyrinth (PC, 2021) — Um metroidvania clássico moderno, desenvolvido pela Team Ladybug, a mesma responsável por Touhou Luna Nights. O jogo funciona como uma prequela de “Record of Lodoss War”, a famosa série de fantasia japonesa, e coloca o jogador no controle da elfa Deedlit, explorando labirintos místicos repletos de segredos e inimigos. A jogabilidade é precisa e fluida, com um sistema de combate baseado em armas corpo a corpo e magia elemental, lembrando fortemente Symphony of the Night — sua principal inspiração — mas com toques próprios, como o sistema de troca de espíritos elementais (Sylph e Salamander), que adiciona uma camada estratégica tanto em combate quanto na exploração. Visualmente, o jogo é uma obra de arte em pixel art, com animações elegantes, ambientação detalhada e uma trilha sonora atmosférica que reforça o tom melancólico e mágico da narrativa. A dificuldade é equilibrada, tornando-o acessível, mas ainda desafiador o suficiente para veteranos do gênero. É uma joia refinada e fiel, com execução técnica primorosa e respeito à herança dos metroidvanias clássicos, sendo uma das melhores experiências recentes dentro do estilo.
    • Onde é possível jogar o título nos dias de hoje? – Nas plataformas PC (Steam), PlayStation 4 & 5, Xbox One & Series X/S e Nintendo Switch.

Esta lista serve como um guia para quem deseja explorar o gênero, oferecendo tanto títulos clássicos quanto experiências modernas que definem o que há de melhor em Metroidvanias. Para iniciantes, é uma porta de entrada para mundos desafiadores e envolventes; para entusiastas, é uma validação de escolhas e referências, permitindo refletir sobre suas próprias listas e experiências.

Além dos 20 títulos principais, há jogos que merecem destaque por sua qualidade e originalidade, mesmo não figurando na seleção final. São títulos que com o passar do tempo vão se provar como mais algns excelentes representantes do gênero. Entre eles estão Momodora: Reverie Under the Moonlight (2016), Prince of Persia: The Lost Crown (2024), Nine Sols (2024), Odallus: The Dark Call (2015), Chasm (2018) e ULTROS (2024).

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