Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Spacebase Startopia, que segue um estilo de estratégia e gerenciamento espacial.
Descrição do jogo:
“Socorro, nós vamos todos m… Mas o quê… Ah, com licença, parece que o sistema está desatualizado – [memória antiga excluída] – isso, bem melhor… BOAS VINDAS a Spacebase Startopia! Sou a VAL, a inteligência artificial prestativa e eficiente da estação espacial!
De acordo com meus registros, a estação não é usada há 17 anos! Que estranho. Além disso, parece que você é a única forma de vida racional neste setor. Então, PARABÉNS! Declaro você oficialmente Comandante desta estação espacial! Espero que você tenha mais sucesso do que o seu antecessor, que, de acordo com o diário de bordo, err… encontrou uns ETs parecidos com vermes… Ah, mas não se preocupe com isso não!
Para evitar ter o mesmo destino, você terá que fazer muitas coisas. Entre várias tarefas, há o desenvolvimento de mais setores, a manutenção dos três deques principais vitais, além de conseguir clientes e entreter nossos visitantes extraterrestres, que nos fornecem energia suficiente para nossos planos de melhoria global. Ah, e antes que eu me esqueça… Deve ser só um erro nos meus protocolos de segurança, mas os meus sensores estão mostrando milhares de criaturas inimigas em todos os outros setores…
E aí, o que estamos esperando? Mãos à obra! Vamos unir forças para conquistar o espaço.”
SPACEBASE STARTOPIA cativa com sua mistura original de simulação econômica, estratégia de construção de império, batalhas de RTS clássico e uma boa dose de humor. Além da Campanha de jogo individual desafiadora e do versátil modo de batalha, também há um modo multijogador cooperativo e competitivo para até quatro pessoas. E como se manter os três deques da estação espacial, entreter as oito raças alienígenas e se defender dos invasores não fosse desafiador o bastante, a IA narradora dinâmica não mede as palavras e comenta os eventos de uma maneira encantadora e ácida.
- A campanha para um jogador de 10 missões, totalmente dublada, exigirá todas as suas habilidades de Comandante da Spacebase Startopia nos esforços para criar um dos destinos comerciais e turísticos mais atraentes do universo descoberto.
- Cada um dos três deques exigirá suas habilidades de liderança. O deque inferior possui todas as salas vitais para a sobrevivência, enquanto o deque da diversão se concentra em seus visitantes. A flora e fauna encontradas que ficam no deque biológico fornecem os recursos necessários para a sobrevivência, lá também é o lar das graciosas dríades.
- Não há só você na estação espacial, é preciso superar seus adversários. Sabote a economia dos seus adversários ou ataque-os com suas unidades mecânicas, negocie e tenha cuidado com os piratas espaciais ávidos para abordar sua estação.
- A dinâmica IA narradora, “VAL”, reage às suas decisões e está sempre ao seu lado, seja com palavras ou com ações e, às vezes, faz um comentário inapropriado.
- Além do modo Campanha de jogo individual extenso, há um modo de jogabilidade não-linear individual configurável e um modo competitivo e cooperativo de multijogador para até quatro pessoas.
Trailer Oficial de lançamento:
Informações sobre o jogo:
- Versão do jogo: PS5
- Tamanho total do jogo instalado: 7GB
- Desenvolvedora: Realmforge Studios
- Distribuidora: Kalypso Media
- Gênero: Estratégia
- Data de lançamento: 26/03/2021
- Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
- Possui HDR: Sim
- Ray Tracing: Não
- Multiplayer: Sim (Compatível com até 4 jogadores online )
- Preço: PS5/PS4 R$: 249,50 / PC Steam R$: 179,00 / Xbox R$: 184,95









Opinião sobre o jogo Spacebase Startopia:
Você já se deparou com um jogo que parece mais uma réplica do passado do que um produto pensado para o presente? Spacebase Startopia é exatamente isso: uma tentativa de reviver um clássico sem entender o que fazia o original funcionar e pior, sem coragem de dar um passo além. O resultado? Um simulador de gerenciamento que parece ter sido arrancado diretamente de 2001, jogado num motor gráfico moderno, e entregue com um laço feito de sarcasmo forçado.

Uma homenagem ou uma cópia disfarçada?
A proposta de Spacebase Startopia soa promissora no papel: reconstruir o universo de Startopia, um dos grandes cults dos jogos de gerenciamento espacial, com novos recursos e roupagem atualizada. Só que o jogo não reinventa, não reimagina e apenas copia. A sensação é de estar jogando o mesmo título de duas décadas atrás, com poucas melhorias reais e vários problemas novos. Em vez de abraçar o legado com criatividade, o jogo parece preguiçoso, preso a uma fórmula envelhecida e sem fôlego.

VAL: A IA que só atrapalha
É difícil descrever o incômodo que é conviver com VAL, a assistente virtual que deveria ser sua aliada. Ao invés de ajudar, ela irrita, interrompe e constrange com piadas sem graça, entregues com a empolgação de um GPS com febre. A tentativa de transformá-la em uma GLaDOS 2.0 cai por terra por falta de timing, carisma e direção de voz. O humor do jogo é tão forçado que chega a parecer escrito por alguém que acha que “ser sarcástico” já é o suficiente para ser engraçado.
O império do lixo
Gerenciar uma estação espacial futurista deveria ser empolgante, mas Spacebase Startopia quer mesmo é que você vire gari. A coleta de lixo é uma constante irritante e absurda, exigindo microgerenciamento que rapidamente se torna um fardo. Robôs adoráveis ajudam, mas são lentos e insuficientes, e o jogador acaba gastando horas clicando em detritos espaciais. Sim, isso é tão deprimente quanto parece. O jogo falha em entender o básico da boa administração de tarefas: delegar e automatizar. Aqui, você limpa, limpa e… limpa mais um pouco.

Entre o caos e o vazio
Visualmente, o jogo tenta mascarar sua simplicidade com uma overdose de movimento. Droids passeando, aliens dançando, salas coloridas… tudo parece vivo, até que você percebe o quão pouco disso tem profundidade real. As interações são rasas, os sistemas simplificados e o desafio escasso. Mesmo com o sistema de três andares (social, industrial e biológico), que deveria ampliar as possibilidades estratégicas, a jogabilidade continua monótona. Nada surpreende. Nada evolui.
Combate por obrigação
Os combates são tão desnecessários quanto mal executados. Invasões pontuais exigem que você troque de modo de controle, gerencie mechs sem graça e lide com uma interface desajeitada. É um sistema raso, sem impacto e que parece existir apenas porque alguém achou que todo jogo moderno “precisa de ação”. Não precisava. E não funciona. Pior ainda, ele exige adaptações no layout da base só para acomodar os mechs em uma ginástica de design para uma mecânica que deveria ter sido cortada na fase de protótipo.
Escolhas morais? Nem tanto.
O jogo até ensaia introduzir dilemas éticos com pequenos eventos aleatórios, mas trata tudo com uma superficialidade frustrante. Há oportunidades para explorar decisões cruéis ou capitalistas ao extremo, como lucrar com epidemias que você mesmo permite se alastrar, mas esses momentos são raros e mal desenvolvidos. Spacebase Startopia poderia ter sido uma sátira brilhante sobre burocracia e ganância no espaço, mas prefere se esconder atrás de piadas ruins e sistemas preguiçosos.

Considerações Finais
A verdade nua e crua é que Spacebase Startopia não entende o que fez seu antecessor memorável. Em vez de adaptar as ideias de 2001 para os padrões e expectativas de hoje, ele apenas repete a fórmula, com um verniz gráfico e uma trilha sonora animada. A sensação final é de um projeto feito no piloto automático: tecnicamente funcional, esteticamente agradável, mas sem alma.
Spacebase Startopia tenta viver da glória de um passado distante, mas esquece que boas lembranças não sustentam um jogo inteiro. Um remake disfarçado, que confunde nostalgia com estagnação criativa. Se quiser reviver Startopia, jogue o original e poupe-se do ruído moderno.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Kalypso Media.
Confira também: Memory Lost – Resenha