Neon Apex: Beyond the Limit – Resenha

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Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Neon Apex: Beyond the Limit, que segu um estilo de jogo de corrida arcade em um mundo futurista.

“Neste destruído planeta Terra de 2124, nada é o que parece, mas nas pistas, a verdade será revelada…”

Boas-vindas à Neon Apex

Aberta somente para os melhores pilotos, humanos e outros, prove que você consegue lidar com velocidades avassaladoras e pistas extremamente perigosas para dominar tudo.

Escolha o seu participante

Os melhores pilotos da humanidade se reuniram para provar que uma mente humana sempre será imbatível atrás de um volante. Eles vão enfrentar humanos ciberneticamente aprimorados e robôs controlados por IA.

Se prepare

Escolha entre uma variedade de carros e motos, e ajuste os veículos na garagem usando o lucro das suas vitórias. Encontre o veículo ideal para o seu estilo.

Sinta a velocidade

Prepare-se para correr a mais de 300 km/h enquanto gerencia seu impulso, se desvia do trânsito e derrapa para alcançar a vitória em vários modos diferentes.

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  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 1GB
  • Desenvolvedora: Repixel8
  • Distribuidora: NUMSKULL GAMES LTD
  • Gênero: Direção/corrida
  • Data de lançamento: 16/05/2025
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 124,50 / PC Steam R$: 73,99 / Xbox R$: 92,45 /  Switch R$: 73,99

Opinião sobre o jogo Neon Apex: Beyond the Limit

Logo nos primeiros minutos, Neon Apex: Beyond The Limit me deu aquela sensação rara: vontade de fechar o jogo, respirar fundo e me perguntar o que, exatamente, estava tentando ser entregue aqui. A introdução já é um aviso gritante e não no bom sentido. Você é jogado em uma pista de arame farpado visual, dentro de uma cidade vetorial que pisca e pulsa como se o jogo tivesse sido dirigido por alguém com alergia à estabilidade gráfica. A velocidade é absurda, o desconforto visual é real, e o impacto disso? Náusea. Literalmente.

O jogo tenta se vender como um “racer sci-fi com estética anime e pegada synthwave”. Mas o que realmente entrega? Um Frankenstein de conceitos batidos, animações que parecem ter escapado de um site Flash de 2001, e um sistema de corrida que oscila entre o frustrante e o entediante.

Campanha vs. História

O modo Campanha até tenta oferecer liberdade: escolher corridas, juntar grana, desbloquear carros por meio de um sistema de cartas (porque claro, todo jogo hoje acha que precisa enfiar cartas onde não se precisa). Mas isso não salva a sensação de que estamos empurrando uma carroça digital ladeira acima. Já o modo História… bem, é o equivalente a ser trancado em um quarto com diálogos ruins e corridas insossas, tudo amarrado por uma trama tão rasa quanto pretensiosa. O protagonista “Chase” corre por dinheiro, mas descobre que está sendo usado por máquinas para treinar IA, uma ideia que até poderia funcionar, se tivesse sido escrita por alguém que sabe contar histórias.

Corrida? Sim. Divertida? Não!

Vamos ao que interessa: a corrida em si. Imagine F-Zero, mas sem a graça, sem o controle e com cutscenes que interrompem a corrida nos piores momentos. Você acelera a 300 km/h, usa nitro, e de repente o jogo tira o controle da sua mão pra mostrar uma cena lateral do seu carro… e quando te devolve o volante, você já bateu. Brilhante.

O sistema de colisão é punitivo ao extremo. Bateu? Explosão. Respawn. Adeus liderança. A IA, por outro lado, parece vinda de outro jogo: perfeita, colada na linha ideal, e com gosto especial por te empurrar contra a parede logo na largada.

Drift? Inútil. Além de ser a única maneira de carregar nitro, raramente funciona como deveria, ou você gira demais e acerta a parede, ou acerta o drift e recebe um bônus de velocidade tão ridiculamente pequeno que é melhor nem tentar. Nada como ser punido por usar uma mecânica essencial.

Pistas Genéricas, Trânsito Artificial e Zero Identidade

As pistas são um desastre à parte. Todas parecem variações da mesma ideia com curvas largas, efeitos visuais exagerados e bifurcações “truqueiras” que só servem pra pegar jogador desavisado. A diferença entre o caminho bom e o ruim nem sempre é clara, e em alta velocidade, escolher errado é questão de milissegundos.

Ah, e tem carros na pista. Não, não são rivais. São obstáculos móveis aleatórios. Que não somam nada, só irritam. O boost te joga neles como se fosse um ímã de destruição. Parece que o jogo foi feito para sabotar sua experiência, não oferecer desafio.

Visual e Som

Ironia das ironias: os dois elementos que eu achei que iriam me afastar, o visual synthwave exagerado e a trilha sonora, acabaram sendo os únicos que me fizeram seguir em frente. Passado o trauma do nível inicial, a ambientação até tem seu charme, com neon, horizontes urbanos estilizados e músicas que lembram a era de ouro dos jogos portáteis. Mas é isso. O único momento de prazer vem de assistir, não de jogar.

Considerações Finais

Neon Apex: Beyond The Limit quer ser muitas coisas: retrô, futurista, estiloso, profundo. Mas no fim, é só um jogo que não sabe o que quer ser. Se a estética não te causar enjoo, a jogabilidade vai fazer isso por ela. Existem muitos racers arcade por aí. Como Hotshot Racing e Horizon Chase 2 que estão na mesma faixa de preço e entrega diversão de verdade. Além deles tem o jogo Redout que segue um estilo parecido em relação a estética e oferece algo mais sólido por menos.

Aqui, o maior obstáculo não são os carros, nem as pistas, nem os rivais: é o próprio jogo. Neon Apex é a lembrança amarga de que velocidade não compensa direção.

Pontos Positivos

  • Trilha Sonora Synthwave de Qualidade
  • Direção de Arte com Estilo
  • Variedade de Modos de Jogo
  • Sistema de Progressão com Cartas
  • Liberdade Estratégica na Campanha

Pontos Negativos

  • Introdução Visualmente Agressiva e Desorientadora
  • Controles Mal Ajustados e Inconsistentes
  • Drift Inútil e Mal Implementado
  • Design de Pistas Monótono e Repetitivo
  • IA Agressiva e Desbalanceada
  • Modo História Mal Escrito e Engessado
  • Modelagem de Personagens Datada
  • Sistema de Colisão Punitivo
  • Falta de Multiplayer Online
  • Mecânicas Que Não Se Integram Bem

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Numskull Games.

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