Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Blades of Fire, que segue um estilo de jogo de aventura com hack and slash, dos mesmos criadores do jogo Castlevania: Lords of Shadow.
Descrição do jogo:
FORGE SUA LENDA
Do premiado estúdio MercurySteam, chega uma nova aventura em que você forja suas próprias armas e enfrenta inimigos ferozes em um sistema de combate exclusivo.
Junte-se a Aran de Lira em uma jornada para descobrir seu verdadeiro propósito!
RECURSOS PRINCIPAIS
O METAL DIVINO: você é Aran de Lira, primogênito do comandante da Guarda do Rei. A recém-coroada Rainha Nerea lançou um feitiço que transforma aço em pedra. Somente as abominações dela empunham o metal divino contra o qual as outras lâminas se estilhaçam.
A FORJA: encontre Pergaminhos de Forja, desenvolva habilidades e crie a arma de sua preferência. A categoria escolhida e os materiais utilizados afetarão características como peso, comprimento, duração, penetração e qualidade do fio.
ESCOLHA SUA ARMA: escolha entre sete categorias de armas e mais de 30 Pergaminhos de Forja exclusivos, que permitem combinações quase infinitas. Sua escolha de arma será crucial!
COMBATE TÁTICO: um sistema de combate exclusivo e desafiador que permite que você ataque partes específicas do corpo do inimigo. Corte, apunhale ou golpeie os inimigos, dependendo da situação e do equipamento que eles estiverem usando. Somente a arma certa poderá superar a armadura do inimigo.
VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ: Adso é o companheiro que se juntará a Aran em sua jornada. Durante o combate, Adso dá dicas úteis sobre como derrotar os inimigos, analisando e fazendo anotações em suas crônicas. Ele será crucial na aventura, pois fala a antiga língua dos forjadores.
ESTEJA ATENTO: mais de 50 tipos de inimigos, incluindo os guardas da Rainha, criaturas, mortos-vivos e muito mais. Cada inimigo tem seu próprio estilo de ataque, arma e armadura.
UM MUNDO REPLETO DE MISTÉRIOS: Aran e Adso embarcam em uma missão incerta. O objetivo é claro, mas o caminho está cheio de perigos, mistérios e cenários épicos, como castelos enormes, palácios labirínticos e muito mais. Você saberá apenas o que nossos heróis sabem, sua intuição e coragem ficarão encarregadas do restante.
Trailer Oficial de lançamento:
Informações sobre o jogo:
- Versão do jogo: PS5
- Tamanho total do jogo instalado: 47GB
- Desenvolvedora: MercurySteam
- Distribuidora: 505 Games
- Gênero: Aventura
- Data de lançamento: 22/05/2025
- Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
- Possui HDR: Sim
- Ray Tracing: Não
- Multiplayer: Não
- Preço: PS5 R$: 299,90 / PC Epic Store R$: 229,99 / Xbox R$: 363,99











Opinião sobre o jogo Blades of Fire:
A Mercury Steam retorna com uma proposta original em Blades of Fire, seu novo título que tenta romper com os estilos mais lineares de seus trabalhos anteriores em Castlevania: Lords of Shadow e Metroid: Samus Returns. Com uma ambientação inédita e mecânicas próprias, o jogo busca consolidar um novo espaço criativo para o estúdio. No entanto, a execução entrega uma experiência que, embora ambiciosa, sofre com problemas estruturais e narrativos que comprometem sua coesão.

Premissa e ambientação
Blades of Fire se ambienta em um universo fantástico onde a Rainha Nerea amaldiçoou o mundo ao transformar todo o metal em pedra. Esse domínio exclusivo da matéria-prima para armas confere às forças da monarca uma vantagem totalitária. O jogador assume o papel de Aran de Lira, um protagonista que, ao adquirir um artefato ancestral capaz de manipular o metal, torna-se peça central na luta contra a tirania.
A premissa é interessante e estabelece um mundo com regras próprias e potencial para subtramas políticas e sociais. No entanto, o jogo falha em explorar plenamente esse potencial narrativo. A apresentação da trama é apressada, com introduções mal estruturadas e cutscenes desconexas, o que prejudica a imersão nas primeiras horas.
Curva de aprendizado e estrutura narrativa
Um dos principais problemas de Blades of Fire é sua curva de aprendizado mal calibrada. Em vez de introduzir suas mecânicas de forma gradual, o jogo sobrecarrega o jogador logo de início com excesso de informações, sistemas e eventos simultâneos. Essa falta de cadência na introdução dos elementos básicos prejudica não apenas o entendimento da história, mas também a assimilação da jogabilidade, criando uma barreira desnecessária para engajamento inicial.
Além disso, a narrativa sofre com diálogos excessivamente repetitivos, falta de progressão emocional dos personagens principais e uma estrutura de eventos que avança mais por inércia do que por motivações internas dos protagonistas.

Sistema de criação de armas
Apesar dos problemas narrativos e estruturais, Blades of Fire se destaca pelo seu elaborado sistema de criação de armas. Com uma abordagem profundamente personalizável, o jogo permite que o jogador forje armas a partir de moldes, peças e recursos variados. Cada decisão durante a criação – como o tipo de lâmina, o centro de equilíbrio, o peso e o alcance – influencia diretamente no desempenho da arma em combate.
Essa mecânica oferece diversidade tática e incentiva a experimentação, sendo um diferencial claro em relação a outros títulos do gênero. A categorização entre danos cortantes, perfurantes e de impacto se articula bem com os padrões de inimigos, promovendo escolhas conscientes no momento da batalha.

Combate e level design
O sistema de combate utiliza direcionamento de ataques por ângulos específicos e requer atenção ao posicionamento, explorando vulnerabilidades contextuais de cada inimigo. Entretanto, essa tentativa de aprofundar a dinâmica do combate esbarra em um problema recorrente: a indecisão quanto à sua própria identidade de gênero.
Blades of Fire tenta adotar elementos de jogos soulslike, com ênfase em punição e tentativa e erro, mas sua estrutura de mapas e ritmo favorecem muito mais uma lógica de exploração e progressão contínua, típica de hack’n slashs. Essa ambiguidade de foco compromete a experiência, pois obriga o jogador a lidar com sistemas punitivos em ambientes que incentivam movimentação livre, resolução de puzzles e backtracking constante. O resultado é um gameplay que nem sempre recompensa a abordagem planejada, tornando possível ignorar combates em favor da corrida e evasão.

Narrativas fragmentadas e ritmo irregular
O jogo utiliza micro-narrativas em áreas específicas do mapa como forma de contornar a fraca progressão central. Essas histórias secundárias trazem momentos interessantes, com alguns NPCs carismáticos e eventos bem pontuados, como uma cidade amaldiçoada ou uma cripta repleta de enigmas. No entanto, o excesso de diálogos irrelevantes e piadas recorrentes dilui a força dessas experiências, resultando em desgaste narrativo.
Aran e Adso, seu companheiro erudito, carecem de desenvolvimento emocional consistente. Suas motivações nunca são aprofundadas, e a história principal avança mais por obrigações mecânicas do que por razões dramáticas. Isso contrasta fortemente com obras que claramente serviram de inspiração, como God of War (2018), onde cada passo narrativo reforça a jornada interna dos protagonistas.

Considerações Finais
Blades of Fire representa uma tentativa corajosa da Mercury Steam de renovar sua identidade criativa. A ambientação original e, principalmente, o sistema de criação de armas são méritos inegáveis e oferecem uma base sólida para inovações futuras. Porém, os problemas de ritmo, onboarding falho, estrutura narrativa pouco coesa e level design inconsistente comprometem parte da experiência.
O jogo pode ser apreciado por jogadores que valorizam sistemas de crafting complexos e estão dispostos a relevar uma introdução problemática. No entanto, aqueles que buscam uma narrativa impactante e uma progressão fluida encontrarão obstáculos significativos.
Blades of Fire é um título com boas ideias, execução desigual e momentos pontuais de brilho. Um passo corajoso da Mercury Steam que ainda precisa de refinamento para alcançar todo seu potencial.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela 505 Games.
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