Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo KIBORG, que segue um estilo de rogue-lite com beat’em up e que lembra bastante o clássico Fighting Force.
Descrição do jogo:
KIBORG é um implacável rogue-lite beat’em up onde você aprimora seu corpo com novos implantes cibernéticos a cada partida. Você foi enviado para a pior prisão da galáxia por crimes que não cometeu. A morte não fornecerá uma fuga, mas um reality show violento pode oferecer uma saída.
LUTE PELA SUA LIBERDADE
No futuro, nem mesmo a morte pode libertá-lo. Se um criminoso morrer enquanto cumpre sua sentença, ele é reconstruído para retornar ao seu sofrimento. E você está cumprindo uma sentença de 1300 anos. A única maneira de encurtar essa sentença? Vencer em “The Last Ticket”. As regras são simples: há um ônibus espacial no telhado da prisão e, se você conseguir lutar contra hordas de outros presos e alcançá-lo a tempo, receberá sua liberdade.
SEM COMPROMISSOS
KIBORG é um híbrido de beat’em ups, jogos de tiro e rogue-likes da velha escola. As lutas são rápidas, brutais e mortais. Separe membros, esmague cabeças e arranque núcleos cibernéticos de inimigos vivos. Existem dezenas de tipos de inimigos com habilidades e táticas únicas, e eles são misturados e combinados para criar centenas de encontros desafiadores. Se você está aqui por sangue e violência, veio ao lugar certo.
IMENSA VARIEDADE DE CONSTRUÇÃO
Substitua suas partes do corpo por uma variedade de implantes cibernéticos, permitindo uma ampla variedade de estilos de jogo. Experimente centenas de aumentos que melhoram o poder e aplique dezenas de mutações para criar sinergias mortais. Empunhe uma variedade de armas brancas e armas de fogo de todos os tipos. Use combos e ataques especiais para devastar seus inimigos. Liberte milhões de combinações possíveis e inúmeras construções viáveis em potencial para destruir aqueles que estão entre você e a liberdade.
Trailer Oficial de lançamento:
Informações sobre o jogo:
- Versão do jogo: PS5
- Tamanho total do jogo instalado: 6GB
- Desenvolvedora: Sobaka Studio
- Distribuidora: Sobaka Studio LLP
- Gênero: Ação / rogue-lite / beat’em up
- Data de lançamento: 30/04/2025
- Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
- Possui HDR: Sim
- Ray Tracing: Não
- Multiplayer: Não
- Preço: PS5/PS4 R$: 159,90 / PC Steam R$: 73,99 / Xbox R$: 112,45











Opinião sobre o jogo KIBORG:
O mercado de roguelites está saturado. A fórmula da morte permanente, progressão procedural e dificuldade elevada já foi refinada, reinventada e saturada por dezenas de títulos nos últimos anos. Em meio a esse mar de repetições, surge KIBORG, jogo da russa Sobaka Studio, que tenta conquistar espaço com uma pegada acelerada e um combate visceral. A proposta? Um reality show mortal com um protagonista condenado a reviver seu pesadelo eternamente. A execução? Nem tão mortal assim.
Premissa interessante, desenvolvimento raso
Você joga como Morgan Lee, um homem injustamente condenado a mais de mil anos numa prisão espacial. Toda vez que morre, é revivido para continuar cumprindo sua pena, a não ser que consiga vencer o sádico “The Last Ticket”, um reality onde a morte é o ingresso e a liberdade, o prêmio.
Legal, né? Na teoria. Na prática, essa história serve apenas como desculpa para justificar o loop de combate e ressurreição. Há migalhas de enredo espalhadas aqui e ali, mas nenhuma construção de mundo que valha a pena. O jogo parece ter medo de se aprofundar, optando por seguir o caminho mais seguro — e esquecível.

Combate: o ponto alto (e quase único)
É aqui que KIBORG tenta mostrar serviço. O combate corpo a corpo é rápido, responsivo e até divertido. Morgan conta com ataques leves, pesados e um giro estilo “beyblade”, que ajudam a manter a ação dinâmica. É tudo muito direto, e por um tempo, funciona.
O problema? O resto. O combate à distância é mal feito, sem peso, sem impacto. As armas parecem jogadas ali para preencher espaço e lembrar o jogador de que ele está num jogo “futurista”. Atirar é insatisfatório, mecânico e, pior, desnecessário.
Durante as lutas, upgrades temporários transformam Morgan em uma espécie de ciborgue, com alterações visuais e funcionais. É bacana, mas a variedade é limitada e logo se torna mais uma obrigação cíclica do que uma recompensa empolgante.

Exploração? Ou repetição disfarçada?
Seguindo a cartilha dos roguelites, KIBORG oferece escolhas de caminho, salas com inimigos e recompensas, e uma moeda interna para progressão permanente. Mas não se engane: a sensação de novidade evapora rápido.
Os inimigos se repetem, os cenários se reciclam e o layout das salas parece preso a uma paleta de ideias que se esgotou antes do lançamento. A sensação de déjà vu chega antes da marca das três horas de jogo. Pior: ela nunca mais vai embora.

Visual e som: nada de memorável
Graficamente, KIBORG é limpo, mas completamente sem identidade. A ambientação de “prisão futurista” é genérica ao extremo e não deixa nenhuma impressão duradoura. Tudo funciona, mas falta alma — aquele toque de estilo ou criatividade que diferencia um jogo competente de um marcante.
A trilha sonora é ainda mais esquecível. As músicas quase não existem, e quando estão lá, soam como músicas de menu mal aproveitadas. Não acompanham a ação, não elevam a tensão, não constroem atmosfera. Simplesmente… estão lá.

Considerações Finais
KIBORG não é um desastre, mas também está longe de ser essencial. É um jogo que acerta em pontos pontuais — como o combate corpo a corpo — mas tropeça em praticamente todos os outros. Falta variedade, profundidade e, principalmente, personalidade.
Se você é fã hardcore de roguelites e não se importa em jogar algo repetitivo e superficial por algumas horas, talvez valha uma chance. Mas se procura um jogo que vá te marcar ou trazer algo novo, KIBORG dificilmente sairá da sua memória intacto… se sair da memória, de fato.
Pontos fortes:
- Combate corpo a corpo bem executado
- Sistema de progressão funcional
- Estabilidade técnica sólida
Pontos fracos:
- História superficial e sem impacto
- Armas de fogo mal implementadas
- Repetição precoce e constante
- Cenários e inimigos reciclados
- Visual e trilha sonora genéricos ao extremo
KIBORG é competente, mas esquecível. Um produto funcional, mas sem brilho. Se fosse um episódio de reality show, seria aquele que você assiste sem prestar muita atenção… e depois nunca mais lembra.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Sobaka Studio.
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