Quem imaginaria que um jogo teria sua continuação após 37 anos? Pois é o que acontece com Beyond the Ice Palace II, sequência do original de 1988 da Elite Systems para Amiga, Commodore 64 entre outros, que a PQube em conjunto com os estúdios Storybird trazem para consoles e PC.
Isso se torna interessante em vários pontos e eu vou abordar eles adiante, então vamos lá!

Sobre o jogo
Testemunhe a ressurreição triunfante de um clássico do Commodore 64 com mais de 35 anos de produção! Levante-se do abismo da morte para reivindicar seu trono legítimo em um jogo de plataforma de ação cativante.
Descubra áreas ocultas, resolva quebra-cabeças e descubra tesouros secretos para alimentar seu poder enquanto se prepara para batalhas épicas contra chefes colossais e extenuantes. Suba de nível estrategicamente para superar todos que estiverem em seu caminho e tome seu lugar como o rei legítimo mais uma vez!
Assuma o manto do “Rei Amaldiçoado” enquanto embarca em uma jornada implacável de vingança para reivindicar seu trono roubado. Atravesse terras perigosas repletas de perigos enquanto caça os fragmentos espalhados de
flechas celestiais , combinando-os para purgar sua maldição e desbloquear seu verdadeiro poder.

Abrace sua nova força e comande as correntes que antes o prendiam nas profundezas das criptas. Use esta arma poderosa para repelir, cortar e eviscerar qualquer um que ouse obstruir seu caminho. Utilize suas correntes ainda mais para plataformas, anexando-se a anéis e impulsionando-se através de abismos para alcançar novas áreas.
Gráficos, sons e jogabilidade
Temos aqui de forma fidedigna um representação dos clássicos metroidvanias dos anos 90 da era 8 e 16 bits. Gráficos pixelados, música sintetizada, efeitos sonoros (tímidos) e controles típicos.
Eu não sei porque, mas sempre espero controles e movimentação dinâmica num jogo como esse, criado nos nossos tempos, esperando que não importa o gênero, certas questões precisam estar atualizadas, acompanhar a realidade do cenário de hoje.

O mapa de controles do jogo é bom, quase preciso, mas em geral a movimentação do personagem me parece um pouco lenta e de certa forma, não deveria. Aquela típica situação de um “comando que não entrou” vai aparecer. É só esperar.
O sistema de progressão do personagem é funcional e a economia do jogo parece ser justa, porém você vai perceber após 2 ou 3h de jogo que muita coisa funciona de forma ruim, não permitindo explorar de forma satisfatória esse sistema.
E o veredicto é…
Eu não conheço e nunca joguei o primeiro título Beyond the Ice Palace, de 1988. Talvez porque ele era pra Amiga PC, Commodore 64 e outros sistemas específicos que acredito eu eram bem restritos naquela época ao nosso país e se alguém chegou à lembrar ou desejar jogar isso na época certamente faz parte de um pequeno grupo seleto de pessoas que com a chegada dos emuladores, logo tratou de correr atrás.
A verdade é que eu nem conhecia o título, mas após uma parca pesquisa que eu fiz, soube que o game que na época, o side scroller de ação em 2D tinha semelhanças com Ghosts ‘n Goblins e dos poucos que jogaram conseguiram falar bem do simplório título. Há vários videos do jogo original que definem bem a simplicidade do título.
Dito isso, 37 anos depois me parece fascinante que ela não tenha tido a ambição de chegar em 3D, com conceitos e tecnologias atuais e modernas pra contar uma história interessante e potencial que o mundo dele tem. A sequência mirou na década seguinte ao seu original e Beyond the Ice Palace II chega agora com bastante semelhança à Castlevania.








E mesmo assim não deixa de ser interessante sua história, a introdução à história do jogo antes da tela inicial, bem como a breve animação ao início do jogo. Graças à tradução PT-BR disponível você joga conhecendo a estória à ser contada o que dá até um ar nostalgico e promissor à la Castlevania.
É um jogo médio em sua duração e dificuldade, pois os subchefes e chefões não são precisamente desafiadores. O que te desafia na verdade é reconhecer seu padrões para impecavelmente ou numa boa performance, derrota-los.
Em alguns casos você pode achar que atacar sem estratégia alguma vai dar bom resultado, mas definitivamente a graça está em observar como vai ser a dança do combate e fazer parte dela, como um soulslike permite, às vezes.
Minha única ressalva se deu aos save points/check points do jogo que não tem um bom ajuste e definição. Você tem eles distribuidos de uma forma bem ruim em pontos que não ajudam da melhor forma uma retomada de progresso, principalmente no caso de morte. Não há nenhum deles antes de enfrentar um sub chefe ou chefão, por exemplo.
Você terá que retomar uma bela caminhada cheia de combates para chegar alí, no pé de uma grande batalha novamente. Há um sistema de vagem entre locais no mapa, mas que não serve de muita coisa quando você certamente sabe que limpou toda aquela área antes de avançar. Talvez aqui até sirva de revisitação pra acúmulo de dinheiro do jogo, mas tira um pouco do rítmo e definição que um side scroller de ação tem que ter.
Beyond the Ice Palace II chegou ontem, dia 10 para as plataformas PlayStation, Xbox, Nintendo Switch e PC (via Steam e Epic Games Store) e tem um bom desafio paras os mileteiros e trophy hunters!
Confira nosso gameplay inicial:
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