Caravan SandWitch – Resenha

Fala pessoal Muu chegando por aqui, mais uma vez “again” de novo e desta vez vou comentar sobre o jogo Caravan SandWitch, que segue um estilo de ficção científica focado em exploração de cenários.

“Embarque em uma jornada épica por um mundo de ficção científica com um toque provençal em Caravan SandWitch, onde o mistério envolvendo o desaparecimento de sua irmã se revela a cada passo.
Interaja com as comunidades em Cigalo, ajude-as em suas tarefas e conheça novas pessoas ao longo do caminho. Explore o mundo no seu ritmo, seja de van ou a pé.
A vida é simples: sem combate, sem mortes, sem pressão de tempo. Apenas você, sua van e o vasto mundo à sua frente.”

  • Versão do jogo: PS5
  • Tamanho total do jogo instalado: 1,65GB
  • Desenvolvedora: Plane Toast
  • Distribuidora: Dear Villagers
  • Gênero: Quebra-cabeça, Aventura, Ação
  • Data de lançamento: 12/09/2024
  • Resolução máxima do jogo: 4K 60FPS
  • Possui HDR: Sim
  • Ray Tracing: Não
  • Multiplayer: Não
  • Preço: PS5 R$: 133,90 / PC Steam R$: 43,99 / Switch R$: 43,99 

Opinião sobre o jogo Caravan SandWitch:

Passei boa parte desta manhã tentando lembrar de qual obra de arte exata a personagem Sauge, a heroína de Caravan SandWitch, me fazia recordar. Com suas calças folgadas, quase no estilo dos culotes, e um topete saltitante, ela me remeteu um pouco ao Tintim. Mas havia algo mais nessa mistura que me escapava. Finalmente, veio à mente: Emil e os Detetives, a aventura infantil de Erich Kästner, especificamente as ilustrações leves e sinuosas de Walter Trier. Retrô e moderno ao mesmo tempo, como tantas artes do final dos anos 1920. Alegre e vibrante, com um senso aventureiro contagiante. É um encaixe perfeito.

Enredo

Caravan SandWitch é um jogo encantador, uma aventura de exploração sem mortes, mas permeada por uma sensação discreta de perda. Sauge retorna ao seu planeta natal em busca de sua irmã desaparecida, que deixou uma trilha de mensagens enigmáticas para trás. O planeta é deslumbrante, mas também devastado, explorado e abandonado. A história se desenrola enquanto Sauge investiga o passado da irmã, dirigindo uma van robusta por ambientes desolados, trazendo vida de volta aos lugares, ajudando comunidades e, de forma geral, sendo um exemplo de bondade. Foi uma experiência que adorei.

O mundo do jogo tem um papel central. Já explorei muitos planetas pós-apocalípticos com uma atmosfera relativamente amigável – o mais recente foi algo como Creatures of Ava, que inclusive temos resenha dele aqui no site. Mas, enquanto Ava se inspira nas selvas bioluminescentes de Avatar, Caravan SandWitch evoca mais um lugar real: a Provença, com suas pedras arenosas, campos e vilarejos pitorescos. Essa base concreta dá ao jogo uma profundidade única, um senso autêntico de lugar que vai além do visual.

Gameplay

Há uma diversidade encantadora nos cenários. Adoro a cidade central improvisada, onde o concreto áspero encontra rochas aquecidas pelo sol, onde cabanas se equilibram nas paredes do desfiladeiro e um quarto pode estar escondido dentro de um tubo gigante. A costa, com suas ondas espumantes e rochedos misteriosos, é igualmente fascinante. Há deserto e uma floresta áspera também, tudo sob a sombra ameaçadora de um imenso vórtice de vento no horizonte. O mundo do jogo é compacto, mas tem muitas facetas, e explorar é recompensador – não apenas por itens e recursos, mas também por cantos tranquilos onde você pode descansar, ouvir uma música antiga no rádio ou simplesmente apreciar a vista.

Exploração

Você explora esse mundo em uma van, que quase rouba a cena. Compacta e funcional como uma mochila Kanken, ela pode ser equipada com vários gadgets ao longo do jogo. É uma alegria conduzi-la, mesmo que não seja rápida ou tenha saltos impressionantes. Não há dano de queda aqui: jogue a van de um penhasco e ela estará bem. Se você se afastar demais, basta apertar um botão para chamá-la de volta. Encanto e praticidade em equilíbrio!

À medida que você explora, o jogo oferece uma série de… o que, exatamente? Puzzles parece exagero. Você embarca em missões que o levam a instalações abandonadas, onde precisa abrir portas, reconectar circuitos e seguir cabos até caixas de junção. Não é desafiador, mas é muito agradável. Há um verdadeiro senso de descoberta, de estar sozinho, mas não solitário, apreciando sua própria companhia em um lugar maltratado, mas ainda belo.

Alguns dos momentos mais prazerosos surgem ao sair da ordem esperada. Em meio a missões principais e secundárias, Caravan SandWitch permite que você explore áreas antes do tempo, o que aprofunda o mistério silencioso no coração do jogo e reforça a sensação de ser um explorador em um mundo negligenciado, movendo-se entre colonos, nômades, robôs e as comunidades nativas do planeta. Uma experiência adorável.

Considerações Finais

Se há um problema – e é apenas um pequeno – é o ritmo. O jogo avança conforme você melhora os gadgets da van, desbloqueando novas áreas à la Metroidvania. Cada nova ferramenta pode parecer uma pequena “taxa de progresso”, às vezes desnecessária. Mas desde que terminei o jogo, sinto vontade de voltar. Esse mundo gentil e lúdico talvez esteja em seu melhor quando você não está fazendo nada de específico. Dirigir a van pelas dunas, explorar cemitérios de robôs, liberar os últimos pedaços do mapa… Há um senso de aventura tão profundo que parece brotar do próprio solo do planeta.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Dear Villagers.

Confira também: ELSIE – Resenha

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