Plastomorphosis – Resenha

O mundo dos games indies é permeado por muita nostalgia. Retrô virou uma moda que não passa, de um jeito que remakes estão mais vivos que novas idéias. Nem tudo é ruim e nem tudo é maravilhoso. Plastomorphosis, jogo da VidyGames bebe da boa nostalgia ao mesmo tempo que exagera de uma proposta cansada. Mas isso impede de joga-lo?

Sobre o jogo

Plastomorphosis conta que, evacuado de sua cidade natal devido às perigosas explosões de energia escura, um cidadão comum está tentando superar e sobreviver a uma série de eventos em uma nova realidade, onde viver como um ser humano não é mais possível.

Você começa sendo um sujeito trajado como um motoqueiro, que sendo transportado por metrô chega em uma estação que serve de ponto de parada para uma “triagem” ao caminho de uma cidade protegida da ameaça. E aí começa uma grande jornada de suspense e terror.

Gráficos, sons e jogabilidade

A arte visual do game se inspira nos anos 90 e os jogos de PS1. Tem uma abordagem meio pop, meio videotape com MTV. Mas carrega demais seus filtros combinado com a parca iluminação é m eio capenga de enxergar as coisas com a clareza que se deve.

Os sons e a trilha sonora são ok, faz bem feito o que precisa fazer. Os comandos são simples, porém são falhos num papel básico: entregar o controle de direção ao jogador. Chega determinados momentos em que você vai se perder tentando controlar o personagem e o mesmo vai bugar num canto e girar! Legal, lá vou eu brigar com os controles para retomar o controle do personagem.

E o veredicto é…

Se até o presente momento, a idéia que passei de Plastomorphosis foi ruim, desculpe. O jogo na verdade é bem interessante. O clima que ele imprime é de total desolação, algo no estilo dos jogos de PS1 como Alone in the Dark ou Silent Hill. Você sozinho num lugar arrasado, tentando entender o que está acontecendo, enquanto num novo trem não chega para a tal triagem.

A velha forma de exploração do desconhecido e do ambiente misterioso aqui funciona e rende momentos memoráveis aos saudosistas do estilo. Um bastão não é arma, mas tem utilidade. Uma arma é últil mas é necessário ter inteligência e comedimento ao usar a munição.

De puzzles à mistérios, o roteiro do jogo funciona bem e assim como os games de exemplo, em muitos momentos cruciais a melhor saída é fugir. Até porque em pequenos salões, corredores apertados e salinhas, que fazem do ambiente uma grande armadilha ao jogador que se perde explorando, quebrar um vido soa alarme, mas atrai o quê? Se o perigo é a energia, o sobrenatural ou nossa própria mente? E assim a tensão se constrói, aumenta e tudo fica mais interessante!

Só achei meio fraca a questão envolvendo puzzles em certos pontos. Vocês verão no vídeo de gameplay que as dicas sobre um código que se deve digitar em um painel na estação de metrô inicial se mesclam em pinturas na parede e marcadas num “tablet”. Levemente eu compreendi que tendo um código de 4 dígitos, não é dificil achar a sequência, mas pra tudo ficar mais fácil e se é pra ter uma dica, eu apostaria em algo mais criativo e com uma grande poder de indução.

Mesmo assim, se você quiser passar algumas horinhas resolvendo enigmas e puzzles igual Silent Hill e combatendo ameaças no clima de Resident Evil, Plastomorphosis agora está disponível para os consoles Nintendo Switch, Playstation 4 & 5 e Xbox One & Series S/X, após 1 ano no PC.

Os amigos Trophy Hunters podem ficar sossegados que a platina fácil está garantida.

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