Abathor – Resenha

A Jandusoft traz a nostalgia dos jogos de fantasia medieval da era de consoles 16 bits com Abathor, para PC, Playstation 4 & 5, Xbox One & Series S/X e Nintendo Switch. Desenvolvido pela Tesura Games, o título apresenta um bom nível de desafio, visual simples e diversão das boas!

Sobre o jogo

Abathor aborda a história de uma época em que o continente de Atlântida era a maior potência do mundo. A ganância e a sede de poder daquela nação, porém, libertaram demônios ferozes dos Portões de Abathor. Quando tudo parecia perdido, quatro heróis chegaram para fechar os Portões. A civilização Atlante irritou os deuses. Eles enviaram hordas de monstros para punir a Atlântida, destruindo o continente.

Os jogadores devem cooperar e competir para salvar Atlântida, passando por uma série de desafios de dificuldade crescente. Em seu progresso, nossos heróis lutarão contra demônios ferozes e deuses primordiais, contra os vivos e contra os mortos, contra feras voadoras e horrores rastejantes. Eles evitarão perigos e armadilhas e descerão a abismos arrepiantes. Mas eles também competirão entre si pelo saque e pelos despojos, saqueando tesouros e oferecendo-os aos deuses para receberem seu favor.

Gráficos, sons e jogabilidade

A arte visual do game se inspira na pixel art 16 bits e obviamente pode acabar referenciando sua lembrança em jogos como Knights of the Round, Golden Axe, Altered Beast, entre outros side scrollers e beat’em ups. Mas sendo um jogo totalmente 2D, simplesmente vejo aqui Rastan Saga (da finada Taito) sendo a mais forte referência. É claro que puxando também uma referência forte em Conan o Bárbaro, personagem inesquecível de Robert E. Howard, imortalizado nos quadrinhos pelo monstro sagrado da ilustração Frank Frazetta e nas telas de cinema, por Arnold Schwarzenegger.

O sons se mantém fiéis à nostalgia com composições épicas em chiptune e a jogabilidade é um caso à parte: Ela é terrivelmente desafiadora solo e fácil e divertida no cooperativo. No caso de solo, dificilmente o jogo perdoa erros, falta de estratégia e de leitura dos chefões. Mas o ponto negativo é que esse coop só pode ser feito localmente. O mapa de controles é bom, mas eu sinto que em algumas questões poderia ser um pouco mais dinâmicos para permitir precisão e rapidez para ataques combinados.

E o veredicto é…

Uma das coisas que me chamaram atenção em Abathor é ele ser construído no estilo old school. Você vai avançar em fases segmentadas por capítulos até o chefão de cada uma delas. E para isso, temos 4 personagens com características distintas que dão conta muito bem do papel de serem heróis no jogo, mas é claro que a magia acontece no modo cooperativo de sofá, o único ponto negativo de um jogo desse tipo em pleno 2004. Pra se ter uma idéia, isso faz com que a jogatina solo torne Abathor mais difícil e mais injusto. Encarar um chefão solo então, é garantia de frustração.

Mas pode ser que não seja impossível e encontramos por aí abençoados que vençam essa dificuldade como se estivessem passeando no parque.

O lance do jogo é ação sem muito tempo para storytelling, porém, o jogo tem localização em PT-BR o que pelo menos nos alivia em entender a história inicial, mesmo que breve e em sua conclusão também.

Aos amigos Trophy Hunters, aviso de cara para se prepararem para uma platina difícil e exaustiva.

O que eu achei de mais bacana sobre o título e seu lançamento, é a Jandusoft ter considerado a produção de edições físicas colecionáveis. Não que Abathor seja um jogo impecável, imperdível e um dos melhores lançamentos do ano, longe disso. Mas pelo fato de que um jogo peculiar como este, tendo edição física colecionável e ainda mais limitada, para quem é adepto do colecionismo nos games, é uma pequena jóia escondida.

Edições físicas de colecionador de Abathor para PS5 e Switch

Ao menos coloque o jogo em sua lista de desejos da sua plataforma e aproveite o melhor momento de compra. Abathor é um título válido à quem ama os clássicos jogos das eras 8 &16 bits e quem abraça um belo desafio old school. Afie sua espa… quer dizer, seu controle e caia dentro!

Veja também: CONSCRIPT – Resenha

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